O ritmo de crescimento da economia brasileira mostra sinais de moderação, mas há trajetórias diferentes entre as regiões do país. A avaliação consta do Boletim Regional, com dados e indicadores econômicos de cada região geográfica, divulgado hoje (22) pelo Banco Central (BC).
Segundo o boletim, "o desempenho da atividade deverá seguir favorecido pela expansão da demanda interna, sustentada pelo vigor do mercado de trabalho e pela expansão do crédito, ainda que em ritmo moderado". "Em oposição, devem ser consideradas nessa perspectiva, influências contracionistas decorrentes da deterioração do cenário internacional e das expectativas de empresários e consumidores e de retrações nos fluxos de comércio exterior e nos investimentos", diz o relatório.
Na Região Norte, o ritmo da atividade econômica intensificou-se no trimestre encerrado em agosto. De acordo com o relatório, o Índice de Atividade Econômica Regional – Norte (IBCR-N) cresceu 1,6% em relação ao trimestre finalizado em maio. O crescimento refletiu "o maior dinamismo da indústria e o desempenho das vendas do comércio varejista e das exportações de produtos básicos".
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Já o índice do Nordeste cresceu em ritmo menor que o da Região Norte. "A atividade econômica da Região Nordeste registrou moderação nos meses recentes, evolução expressa, entre outros indicadores, na dinâmica das vendas do comércio varejista, da criação de empregos formais e dos indicadores industriais", diz o relatório. O IBCR-NE cresceu 0,3% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio.
No Centro-Oeste, o índice regional cresceu 2,2%, na mesma base comparação, com expansão sustentada pelo "dinamismo da indústria química, em Goiás, e da construção civil".
O boletim mostra ainda que o ritmo da atividade econômica no Sudeste evidencia "a retração na produção industrial e a desaceleração das vendas varejistas". O IBCR-SE aumentou 0,1% em relação ao trimestre finalizado em maio.
Já a economia da Região Sul "evoluiu de forma robusta no trimestre encerrado em agosto, com ênfase nas expansões da indústria e da atividade varejista e na manutenção do dinamismo do mercado de trabalho". O IBCR-S aumentou 2,1% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio.