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3 mil cortes

Rossetto promete conversar com a CSN para evitar demissões

Agência Estado
28 dez 2015 às 20:02

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O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, comprometeu-se a tentar buscar soluções para as demissões de trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). O ministro esteve reunido hoje (28) com representantes sindicais e com parlamentares para tratar da questão. O Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda e Região Sul Fluminense estima a demissão de 3 mil funcionários em janeiro.

Rossetto disse que entrará em contato com a CSN, a partir de janeiro, antes que as demissões ocorram, para estabelecer uma mesa de negociação envolvendo sindicatos e a empresa, a fim de apresentar alternativas. Entre elas, o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que prevê a redução temporária da jornada de trabalho, com diminuição de até 30% do salário. Pelo programa, o governo arca com 15% da redução salarial, usando recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

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A CSN foi construída durante o governo Getúlio Vargas, na década de 1940, representando um marco na industrialização brasileira. De acordo com o sindicato, a usina tem uma das maiores capacidades de produção de aço do mundo, atende 99% do mercado nacional e exporta para mais de 40 países.

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O cenário econômico, no entanto, não está favorável. De acordo com a empresa, as vendas de aço no mercado interno caíram drasticamente nos últimos meses e, ao mesmo tempo, há um excesso de oferta de aço no mercado externo.


As demissões foram anunciadas pela CSN ao Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda e Região Sul Fluminense, segundo o presidente da entidade, Silvio Jose Campos. "Houve duas reuniões nas quais a empresa anunciou que haverá demissões. A CSN não confirma o número, mas pelos equipamentos que ela vai fechar, a gente calcula que sejam 3 mil demissões", afirmou. "A gente acha que com a força que o Ministério do Trabalho tem, a gente vai conseguir fazer essa negociação e tentar achar caminhos para que não haja demissão", acrescentou.

Por meio de nota, a CSN disse que está negociando com o sindicato medidas necessárias para "enfrentar o desafiador cenário econômico brasileiro e mundial". A nota informa também que "durante todo o ano de 2015, a CSN fez enormes esforços para manter os níveis de emprego e foi uma das poucas empresas do seu setor a não realizar ajustes em sua produção".


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