A safra de cana-de-açúcar 2010/2011 já começou no Paraná, com o início do processamento na destilaria Nova Produtiva, na cidade de Astorga. O Estado, que divide com Minas Gerais o posto de segundo maior processador do País, deve moer até 55 milhões de toneladas cana-de-açúcar nesta safra. O volume é 20% maior que o previsto para safra 2009/2010, a qual deve ficar entre 45 milhões e 46 milhões de t.
Os dados da safra passada ainda não foram fechados porque a colheita e o processamento ainda são feitos em oito das 30 usinas paranaenses, que optaram por manter as atividades na entressafra, período de manutenção das unidades. Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Açúcar e Álcool do Paraná (Alcopar), Anísio Tormena, outras 13 usinas devem iniciar a safra 2010/2011 de cana-de-açúcar no começo de março em busca de ampliar a oferta de açúcar e álcool em um cenário de preços remuneradores.
''Queremos também ampliar a oferta, principalmente de etanol, já que os preços atuais estão além da realidade e o produto está escasso em virtude da queda na produção prevista para a safra passada'', disse Tormena. Para ele, as chuvas que prejudicaram a colheita e a produção de açúcar e álcool, a partir do segundo semestre de 2009, devem ajudar a próxima safra. ''A expectativa é muito boa, pois as lavouras apresentaram um bom desenvolvimento'', explicou o presidente da Alcopar.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Nem mesmo a ameaça da ferrugem alaranjada da cana-de-açúcar, doença que já tem focos registrados no Paraná, parece tirar o otimismo dos produtores. Cerca de 23% da área de cana do Estado é cultivada com a variedade RB 454, altamente suscetível à doença, causada por um fungo e relatada em dezembro no Brasil. Apesar de considerar ''séria'' a ferrugem alaranjada, Tormena acredita a doença deverá ser controlada com a troca da variedade por outra resistente e ainda com o apoio dos centros de pesquisa na cultura.