O salário mínimo do trabalhador no País deveria ter sido de R$ 2.589,78 em agosto, a fim de suprir as necessidades básicas dos brasileiros e de sua família, como constata a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta terça-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 308,27, em Porto Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o salário mínimo deveria ter sido 4,16 vezes maior do que o piso vigente no Brasil, de R$ 622,00.
O valor estimado pelo Dieese em agosto é maior do que o apurado para julho, quando o mínimo necessário fora calculado em R$ 2.519,97, ou 4,05 vezes o mínimo atual. Há um ano, o salário mínimo necessário para suprir as necessidades dos brasileiros fora calculado em R$ 2.278,77, ou 4,18 vezes o mínimo em vigor naquele período, de R$ 545,00.
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A instituição também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o consumidor que ganha um salário mínimo pudesse adquirir, em agosto deste ano, o conjunto de bens essenciais aumentou na comparação com o mês anterior e com agosto de 2011. De acordo com o Dieese, para comprar a cesta básica no oitavo mês de 2012, o brasileiro precisou trabalhar em média 95 horas e 3 minutos, contra 92 horas e 48 minutos em julho. Em agosto do ano passado, a jornada média de trabalho exigida para a compra de itens alimentícios básicos foi de 94 horas e 38 minutos.