O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), admite alteração no valor do salário mínimo fixado pelo governo em R$ 540 durante a votação da medida provisória (MP) pelos parlamentares. A proposta deverá ser votada em março, quando a MP passará a trancar a pauta dos trabalhos do plenário, com a expectativa de se tornar um dos primeiros embates entre o novo governo Dilma Rousseff e o Congresso.
A oposição anunciou que vai defender um mínimo de R$ 600, valor proposto pelo candidato derrotado à presidência da República José Serra (PSDB) durante a campanha eleitoral.
Marco Maia espera um debate acalorado na Câmara durante a votação da proposta. "Vamos precisar de muita calma e tranquilidade para produzir uma equação para não inviabilizar as contas públicas e, ao mesmo tempo, ter um reajuste que dialogue com a sociedade brasileira", disse.
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O deputado é o candidato indicado pelo PT à presidência da Câmara para os próximos dois anos. Caso eleito pelos novos deputados no dia 1º de fevereiro, caberá a Maia indicar o relator da MP e conduzir a votação do salário mínimo na Casa.
"Na Câmara, o debate pode sempre produzir alterações nos projetos enviados. É legítimo e faz parte do debate político que se faz no parlamento", afirmou. Marco Maia esteve reunido hoje com a presidente Dilma, mas, segundo ele, esse assunto não foi tratado.
Junto com a presidente estavam os ministros Antonio Palocci (Casa Civil) e Luiz Sérgio (Relações Institucionais). No encontro, segundo contou Maia, foram conversados assuntos gerais. "Ela disse que manterá uma relação de harmonia, respeito e diálogo com o Legislativo", disse.