Metalúrgicos da multinacional Volvo voltaram a protestar contra a notícia de demissões na manhã desta quarta-feira (13), na Cidade Industrial de Curitiba. Cerca de 200 pessoas se concentraram em frente à empresa, na marginal do Contorno Sul. Os funcionários começaram a se mobilizar há cinco dias, depois de tomar conhecimento de que 600 pessoas seriam demitidas até o final do ano.
O Ministério Público do Trabalhador (MPT) faz a intermediação das negociações junto ao Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC). Ontem, a proposta da montadora foi rejeitada em assembleia com 77% dos votos. A empresa ofereceu Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e data-base. O valor da PLR é 50% menor que ano passado, enquanto o reajuste abrange apenas o índice inflacionário.
"Em vez de sentar para negociar uma proposta coerente de manutenção dos empregos, a Volvo prefere ficar usando os trabalhadores administrativos para forçar e impor sua proposta ao chão de fábrica", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka.
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O vice-presidente da Volvo Brasil, Carlos Morassuti, disse que as propostas da empresa conversam com as atuais circunstâncias do País. "Estamos negociando com o sindicato desde o fim do ano passado e sempre dispostos a negociar", garantiu em entrevista à Banda B.