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Pior resultado em 10 anos

Sem industrialização, Londrina cai no ranking de consumo

Rafael Fantin - Redação Bonde
06 mai 2014 às 10:09

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- Arquivo/Folha de Londrina
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Divulgada no final de abril, a pesquisa IPC Maps aponta que os consumidores londrinenses vão gastar menos com produtos e artigos durante 2014. De acordo com o estudo, o consumo em Londrina deve chegar aos R$ 10,3 bilhões neste ano, o que significa queda de 3,6% comparado com 2013.

Além disso, a cidade atingiu o "share de consumo" de 0,31, considerado o pior dos últimos 10 anos. O indicador revela a participação dos municípios no cenário nacional. No ano passado, o município teve a participação de 0,35. Em 2014, Londrina manteve a segunda colocação estadual atrás apenas de Curitiba, mas a cidade caiu da 36 colocação para o 42 lugar no ranking nacional.

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"Isso significa, em números reais, que o mercado de Londrina vai perder aproximadamente R$ 1,3 milhões, que serão gastos em outras cidades", calcula Marcos Pazzini, diretor do IPC Marketing.

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O levantamento aponta os gastos de consumidores brasileiros com diversos itens como manutenção do lar, alimentação, bebidas, fumo, calçados, vestuários, transporte, despesas com viagens e em outras áreas.

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De acordo com Pazzini, capitais e grandes centros, como Londrina, sofrem com a "interiorização" de investimentos e do consumo atual. "Indústrias e empresas estão optando por cidades de médio porte, que não possuem os problemas das grandes cidades e que apresentam a infraestrutura necessário. Assim, cresce o consumo em municípios menores como consequência da geração de emprego e da renda", explicou.


Enquanto Londrina perdeu cinco posições no ranking nacional do consumo, Ponta Grossa, quarta colocada no Estado, subiu do 68 para o 65 lugar. Maringá perdeu uma posição e ficou na 45 colocação, no entanto, houve um aumento de 0,29 para 0,30 na participação nacional dos consumidores maringaenses. Ao todo, Maringá vai consumir R$ 9,9 bilhões em 2014.

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Cidade sofre com a falta de indústrias, avalia economista


Na avaliação do economista Azenil Staviski, professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC), o País atravessa "momentos de incertezas econômicas e políticas" por conta da inflação alta e da proximidade com as eleições, o que provoca uma reação cautelosa nas classes com rendas mais elevadas em relação ao consumo.

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Assim, o consumidor passa a gastar, principalmente, com produtos considerados essenciais e desaquece o mercado dos itens menos prioritários. "Como Londrina tem um perfil comercial e de prestadora de serviços acaba sentindo primeiro este impacto", analisou.


Para reverter o quadro, o economista ressalta a necessidade de Londrina voltar a investir no desenvolvimento industrial do município em um projeto a longo prazo. "Com maior valor agregado, a indústria tem um fator multiplicador que acaba influenciando de maneira positiva os setores do comércio e de serviços. Isso tudo é importante para aquecer o mercado e aumentar o consumo", explicou.

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Staviski comentou que o Município precisa aprovar o Plano Diretor para definir as áreas de zoneamento industriais para atração dos empreendedores. Além disso, ele alertou que as políticas públicas voltadas para industrialização de Londrina deve ter continuidade em futuras administrações.


"A cidade tem vocação para indústria e pode absorver profissionais formados nos diversos centros universitários de Londrina em áreas como gestão e engenharia", aconselhou o economista. "Com o aumento da população e a falta de empregos, o município pode sofrer impactos negativos. Por isso, a industrialização é importante para gerar emprego, renda e consumo", acrescentou.

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Codel aposta na criação de agência de desenvolvimento


O presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronesi, afirmou que a criação de uma agência de desenvolvimento é fundamental para que os projetos de industrialização "sobrevivam" independente do Executivo.

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A prefeitura teria assento na agência, que seria formada por profissionais de diversas áreas para acompanhamento das ações sem influencia de resultados políticos.


Na opinião de Veronesi, os indicadores negativos de Londrina são consequências da ausência de políticas públicas para atração de industriais em administrações anteriores. "Só a industrialização pode enriquecer a cidade e trazer a credibilidade para atrair empresários dispostos a investir no município", afirmou.

De acordo com ele, no primeiro momento, a Codel trabalhou para evitar o "empobrecimento" da cidade e manteve empresas em Londrina por meio de incentivos, como doações de terrenos. "Agora, precisamos aprovar o Plano Diretor e criar parques industriais. As áreas com infraestrutura são fundamentais para atração de novas industrias para Londrina. Os empresários precisam dos locais propícios e rapidez na tramitação dos processos", comentou.


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