Os pedidos de recuperação judicial dispararam 87,6% de janeiro a junho deste ano, ante igual intervalo de 2015, e atingiram o nível recorde de 923 ocorrências, segundo pesquisa da Serasa Experian. Considerando apenas o mês de junho, houve alta de 60% na comparação anual, para 168 pedidos. Em junho ante maio, houve queda de 8,7%.
De acordo com os economistas da Serasa, o recorde histórico atingido pelos pedidos de recuperação judicial neste primeiro semestre de 2016 revela a gravidade da atual crise econômica. "A combinação dos juros altos com a prolongada recessão impõe sérias dificuldades financeiras para as empresas, levando-as a se utilizarem do mecanismo da recuperação judicial como forma de se preservar da insolvência", diz a empresa por meio de nota.
No acumulado dos seis primeiros meses do ano, as micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial, com 535 casos, seguidas pelas médias (246) e pelas grandes empresas (142).
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
No caso das falências, houve elevação 8,9% no período de janeiro a junho, com 869 pedidos. Considerando apenas junho, foram registrados 195 requerimentos, alta de 22,6% em relação ao mesmo mês de 2015 e avanço de 29,1% na comparação com maio deste ano.
Do total de requerimentos de falência efetuados até agora neste ano, 451 foram de micro e pequenas empresas, 211 foram de médias e 207 de grandes empresas.
O indicador da Serasa é construído a partir do levantamento mensal das estatísticas de falências (requeridas e decretadas) e das recuperações judiciais e extrajudiciais registradas mensalmente na base de dados da empresa, provenientes dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos Estados.