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Em uma década

Sercomtel Celular tem fatia de mercado dez vezes menor

Marco Feltrin
16 ago 2013 às 22:04

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- Saulo Ohara
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Em meio ao prejuízo superior a R$ 100 milhões acumulado nos últimos dez anos pela Sercomtel S.A., o futuro do setor de telefonia celular da empresa também é colocado em xeque.
Com a chegada de concorrentes de peso na telefonia móvel, a companhia vem perdendo mercado a cada ano. Em números absolutos, a base de clientes da empresa permanece praticamente estável. As rivais, no entanto, dispararam no mesmo período, com campanhas intensivas de marketing e distribuição gratuita de aparelhos para planos pós-pagos.

Em 2003, os clientes da área coberta pelo DDD 43 (Londrina e região) eram disputados por três companhias: TIM, Vivo e Sercomtel. A TIM, com a aquisição da Telepar Celular, liderava com 131 mil clientes (44,78% do mercado), contra 94 mil da Vivo (32,17%) e 67 mil da Sercomtel (23,05%), lembrando que a companhia atua apenas em Londrina, enquanto as demais cobriam toda região.

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Passados dez anos, a base de clientes da Sercomtel sofreu leve queda, com 65.452 linhas habilitadas no mês de junho. A concorrência no setor foi intensificada com a chegada da Claro, Oi e Nextel, fazendo com que a participação de mercado da companhia londrinense caísse para apenas 2,51%, quase dez vezes menos se comparado a 2003. A TIM ainda lidera, com mais de 1,3 milhão de clientes e 52% de participação na região 43.

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Para o diretor de marketing da companhia, Agnaldo César Aversani, o fato de estar há dois anos sem contratar uma agência de publicidade é determinante para a perda de mercado. Em abril, a Sercomtel lançou um plano com a chamada mais barata do estado para celulares de outras operadoras no pré-pago. A falta de comunicação com o mercado dificulta a aceitação da oferta.


"Pela falta de agência, a gente não consegue comunicar. É a famosa sola de sapato. As equipes de vendas fazem ações com panfletos, boca a boca e rede social. Mas nada se compara aos anúncios em uma mídia massiva, como fazem nossos concorrentes", analisa.

A licitação para contratação de uma agência de publicidade está sob análise da procuradoria jurídica da empresa. A expectativa é que o processo seja concluído até outubro. Caso contrário, não está descartada contratação emergencial para uma campanha específica. "Nosso preço está muito competitivo. A gente precisa fazer com que isso chegue aos ouvidos clientes e não clientes. O que não pode é, mesmo sem agência, estacionar. Na telefonia fixa, 2013 é o ano que mais vendeu. Se tivesse agência, o resultado seria ainda melhor", garante Aversani.


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