A Sercomtel apresentou um balanço das contas na manhã desta quinta-feira (17). Segundo os números, a telefonia fechou o ano passado com um prejuízo contábil de R$ 60,4 milhões. Pelo menos R$ 44 milhões do valor total estão relacionados a gastos que a empresa admitiu não ter controle. A estatal informou que registrou prejuízos com a falência das coligadas (Adatel Osasco e Adatal São José) e com o pagamento de indenizações e rescisões trabalhistas.
A Sercomtel também registrou quase R$ 30 milhões em depreciação de equipamentos. A telefonia precisou investir em reparos e, consequentemente, gastar ainda mais.
Os investimentos devem continuar neste ano, segundo o presidente da Sercomtel, Christian Schneider. "Conseguimos aumentar a receita líquida em 6,7% e temos o aval da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para continuar com o nosso processo de reestruturação", argumentou.
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O prejuízo operacional também foi cortado pela metade, de acordo com ele. A empresa conseguiu economizar no dia a dia e com o Programa de Demissão Voluntária (PDV) de servidores.
O presidente da Sercomtel admitiu, entretanto, que a Sercomtel só vai continuar crescendo com a ajuda das acionistas majoritárias: Prefeitura de Londrina e Copel.
Os órgãos já enviaram cerca de R$ 15 milhões de aporte à Sercomtel. A parte da Copel chegou em dinheiro. Já a do município foi encaminhada por meio da doação de dois terrenos. A telefonia precisa de mais R$ 15 milhões para continuar com a reestruturação.