O setor de serviços e a indústria de transformação foram os destaques na geração de empregos com carteira assinada em setembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O incremento das ocupações formais no mês passado nos serviços foi de 94.202, com elevação do nível de emprego nos seis ramos que compõem o setor. Já a indústria de transformação registrou crescimento de 94.205 vagas, com alta em 11 dos 12 ramos que formam o setor.
Os segmentos que mostraram destaque foram serviços de comércio e administração de imóveis (38.608 postos), serviços de alojamento e alimentação (25.331), serviços de transporte e comunicações (11.719) e serviços de ensino (8.113). Na indústria, chamaram a atenção produtos alimentícios (49.569), têxtil (8.166), mecânica (6.283), química (5.385) e material de transporte (4.033).
Comércio
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No comércio, houve 55.051 contratações no mês passado, recorde para o mês do setor. O desempenho favorável foi fruto do comércio varejista (46.824) e do atacadista (8.227). O comportamento do mercado de trabalho no setor de extrativa mineral e da construção civil também foi destacado pelo ministro Carlos Lupi. O primeiro gerou 1.970 postos em setembro e, o segundo, 21.676.
Agricultura
A Agricultura foi o único setor a apresentar um volume de demissões maior do que a de contratações em setembro, segundo dados do Caged. O setor demitiu (já descontadas as contratações) 22.937 trabalhadores no mês passado.
"Apenas na Agricultura houve redução de empregos, como ocorre todos os anos em setembro, devido à entressafra no Centro Sul do País", comentou o ministro Carlos Lupi.
Os principais desempenhos negativos do setor foram vistos no cultivo de café, responsável por demissões líquidas de 26.157 trabalhadores. Os principais Estados afetados foram Minas Gerais (-21.409 postos) e São Paulo (-3.757).
Em "atividades de serviços relacionados com a agricultura", as perdas foram de 3.020 vagas de trabalho no mês passado, com destaque também para Minas Gerais (-1.118) e São Paulo (-1.109). O cultivo de frutas cítricas também apresentou desempenho negativo (-1.966), com São Paulo sendo o principal responsável por puxar os números para baixo (-2.044).
Alguns tipos de produto, no entanto, conseguiram gerar empregos em setembro na Agricultura. É o caso do cultivo de cana-de-açúcar (4.159 postos), com destaque para Pernambuco (4.287) e Paraíba (2.178) e o cultivo de uva (1.842), com contratações em Pernambuco (1.290) e Bahia (651 postos).