Depois de três meses de negociações e a apresentação de três propostas diferentes por parte da empresa, os trabalhadores da Sanepar aprovaram o Acordo Coletivo de Trabalho da categoria. Pelo acordo, eles receberão reajuste de 7,58% no salários, sendo 2% a titulo de ganho real, abono de 85% de uma remuneração mais o valor linear de R$ 1,5 mil e aumento no auxílio-alimentação, que passará a ser de R$ 638,21.
A aprovação da proposta da empresa foi apertada: 53,9% dos presentes nas assembléias feita no estado contra 43,9% de rejeição e 2,2% de abstenções . Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Saneamento (Saemac), Gerti José Nunes, a proposta não foi satisfatória. "Entendemos que este acordo não proporciona a recuperação das perdas salariais - acumuladas em 18,38% - que imaginamos que iria acontecer. O sindicato, inclusive, demonstrou aos trabalhadores que a proposta não era boa e, apesar da aceitação não ter sido tão expressiva - o voto dos trabalhadores é soberano", explica.
No dia 19 de abril, os diversos sindicatos da categoria chegaram a pedir a interferência do governador Beto Richa no processo de negociação, devido à inflexibilidade da Sanepar em aceitar as reivindicações. Mas, segundo o Saemac, o governador não se manifestou.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Os servidores vão se mobilizar, agora, pelo Programa de Participação nos Resultados (PPR). Segundo o Saemac, ao contrário do que acontecia em anos anteriores, quando a empresa destinava 25% do montante dos acionistas para distribuir entre os empregados, este ano a Sanepar pretende destinar apenas 8,7%. "Isso é inadmissível! A empresa teve um crescimento de 83% no lucro em 2011, chegando aos 249 milhões e agora não quer repassar o mesmo percentual de outros anos aos trabalhadores, esquecendo que são eles os responsáveis por este lucro", enfatiza Nunes.