Cerca de 290 funcionários da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), ligados aos Departamentos de Economia Rural (Deral) e Agropecuário (Deagro) e a outros setores como os departamentos de recursos humanos, financeiro e planejamento fizeram um dia de paralisação nesta quarta-feira (16) em todo o Paraná.
A mobilização é em protesto contra o desequilíbrio salarial ocasionado com a criação recente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), que provocou uma disparidade entre os salários pagos a quem já era da Secretaria e aqueles que irão trabalhar na autarquia.
Com a nova situação, apenas os 640 servidores do Departamento de Fiscalização (Defis), que foram absorvidos pela Adapar receberão adicionais no salário, que variam de R$ 900 a R$ 2,4 mil. Já os outros profissionais de outros setores, mesmo exercendo funções semelhantes, continuam com o salário do quadro geral da Seab.
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"Quando foi criada a Adapar, o secretário de Agricultura assumiu o compromisso de criar uma gratificação que deixasse os salários num mesmo patamar. Mas até agora isso ainda não aconteceu", explica Roberto de Andrade e Silva, diretor do SindiSeab, que representa a categoria.
Como exemplos, ele cita o caso de um profissional de nível superior, como um agrônomo, por exemplo, que tem salário inicial de R$ 5.054,18 contra R$ 2.685,55 pela Seab. Já o Técnico Agrícola tem salário inicial de R$ 2.021,67 na Adapar contra R$ 1.118,97 pelo quadro da Seab. De acordo com o diretor do Sindiseab, pelo que já foi negociado com o governo e ainda não implementado, os funcionários receberiam uma gratificação entre R$ 450 para agentes de apoio a R$ 2.250 para profissionais e técnicos.
O secretário, segundo ele, já se mostrou comprometido com a reivindicação. O objetivo do protesto, agora, é sensibilizar também o governador José Richa e outros setores do governo, como a Casa Civil e a Secretaria de Administração para que agilizem a sua implementação.