Mais de 150 representantes de entidades de âmbito nacional de servidores públicos federais decidiram que vão rejeitar, em reunião marcada para o dia 7 de julho, a proposta de reajuste salarial do governo, de acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior.
A decisão foi tomada nesse domingo (28) por 16 entidades. O governo ofereceu 21,3% de aumento, divididos em quatro parcelas até 2019. Os servidores pedem reajuste de 27,3% a partir do ano que vem.
De acordo com os sindicalistas, a proposta do governo foi rechaçada pelas entidades presentes na reunião dos funcionários. "A assinatura de um acordo plurianual foi considerada inaceitável e vista como um confisco no salário dos servidores federais", disse o sindicato em nota.
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A proposta apresentada pelo secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, na última quinta-feira (25), foi a primeira do governo. Mendonça disse que os salários são parte da estratégia econômica adotada pelo país e que se trata de uma proposta "bastante razoável".
"Não dá para ignorar que [o pagamento aos servidores] é parte da estratégia macroeconômica fiscal e de combate à inflação que a política econômica está usando. Não podemos perder o controle fiscal e não podemos perder o controle dos pagamentos", disse o secretário.
Na reunião de ontem, os servidores também aprovaram a promoção de ações como atos públicos, manifestações e paralisações pelos estados no dia 7. Além disso, pretendem fortalecer as greves em curso e ampliar as paralisações para os demais setores.
A expectativa do Ministério do Planejamento é que até o final do mês haja um acordo. O ministério informou à Agência Brasil que negocia com 49 entidades classistas e que só irá se manifestar quando houver um posicionamento formal por parte de todas as entidades, após a reunião do dia 7.