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Setor quer que imóveis usados entrem no "Minha Casa"

Agência Brasil
13 jan 2010 às 08:37

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Representantes do setor imobiliário entregaram nesta terça (12) ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, uma série de revindicações, entre as quais a inclusão dos imóveis usados no programa Minha Casa, Minha Vida.

Eles pedem ainda que o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) possa ser usado para financiamento imobiliário também em municípios distantes até 120 quilômetros da cidade de origem do trabalhador e o aumento de R$ 20 mil no limite do valor do imóvel. O programa prevê financiamentos especiais para a população com faixa de renda de zero a dez salários mínimos.

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Lupi considerou razoáveis as três reivindicações, mas disse que não pode garantir sua aprovação, porque o conselho que decidirá a questão é formado por três partes. Quanto aos imóveis usados, o ministro lembrou que já existe uma linha de financiamento específica.

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"Quando falam na ampliação dos valores, conforme o mercado, já fizemos isso na última reunião do conselho", afirmou o ministro. Ele explicou que, nos grandes centros urbanos, os valores são diferentes dos que vigoram no interior. Sobre o pedido de extensão dos financiamentos a cidades mais distantes da localidade onde mora o comprador, ele disse que é interessante e que será levado à apreciação do conselho. "Se depender de mim, ele [o conselho] irá aprovar."

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O ministro disse desconhecer a afirmação atribuída a movimentos sociais de que a prioridade do programa Minha Casa, Minha Vida não tem sido a população que recebe até três salários mínimos. "O programa tem R$ 24 bilhões à disposição de quem ganha nessa faixa de renda, que são as chamadas casas subsidiadas com o dinheiro do FGTS."


Ele acredita que o país viverá em 2010 o melhor ano para a geração de emprego, desde 2003, porque o mercado interno está muito aquecido, com ganhos reais de salário. Todo o ambiente está preparado para um crescimento forte da economia e, principalmente, para a geração de empregos.

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"Geramos em torno de 1 milhão de empregos em 2009, no auge de uma crise, e esperamos gerar mais de 2 milhões de empregos em 2010, o que significará um número recorde , para um ano na história do Brasil". Ele negou que sejam exageradas suas previsões de crescimento de 7% da economia do país, porque "tudo está conspirando a favor do Brasil".


O presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo, José Augusto Viana Neto, destacou que os empregos gerados pelo Minha Casa, Minha Vida são temporários, perdurando por no máximo dois anos. Para ele, não se pode ficar preso ao fato de não se conseguir resolver o problema da habitação com imóveis novos, quando há recursos para isso.

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Viana Neto disse que não critica o programa, mas ressaltou que, agora que a economia está recuperada e os recursos disponíveis para atendimento dos mais necessitados, é preciso disponibilizar os imóveis que já estão prontos com preços que caibam nesse programa habitacional. "Em São Paulo, temos inúmeros imóveis disponíveis para atender o público de imediato. É uma revindicação honesta e justa", afirmou.


Para o coordenador-geral da União dos Movimentos por Moradia, José de Abraão, as construtoras não atendem a demanda por moradia das pessoas com renda de até três salários mínimos. "Quando atendem, são conjuntos de qualidade muito ruim, com habitações de 40 metros quadrados." Ele disse que é preciso exigir que as construtoras passem a garantir essa demanda."

Abraão informou que o movimento defende dimensões de pelo menos 46 a 50 metros quadrados para as moradias e participação popular na realização dos empreendimentos. De acordo com ele, há uma exclusão muito grande dessa parcela da população, que é a que mais precisa.


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