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Shoppings populares 'pipocam' na região de Londrina

Marcos Roman - Folha Norte
28 ago 2010 às 11:17

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- Reprodução
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As classes emergentes movimentam cerca de R$ 760 bilhões no país, segundo pesquisa do Instituto Data Popular. Na medida em que aumenta o poder de compra das classe C e D, cresce também o número de estabelecimentos comerciais destinados a atender esse público. Entre os locais mais procurados pelos novos potenciais consumidores estão os shoppings populares.

Juntamente com os grandes centros de compras, eles devem movimentar R$ 69,8 bilhões de reais em 2010, conforme estimativa da Associação Brasileira de Shoppings Centers.

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Londrina já reflete o que ocorre nas grandes cidades do país, onde é crescente a expansão de pontos de galerias populares. E a tendência vem se espelhando até em cidades de pequeno porte. Dentro de algumas semanas, Ibiporã vai ganhar a seu primeiro shopping popular.

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O Shopping Popular Sou + Ibiporã dispõe de 22 lojas e tem previsão de inauguração para final de setembro. Mas o sucesso do novo espaço já é comemorado pelos donos do empreendimento, os empresários Lázaro de Morais Pinto e Fernando Moya. "Tivemos 75% das lojas vendidas em apenas um mês", ressalta Moya.

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Segundo ele, a procura dos comerciantes por um ponto no shopping popular se deve à localização e ao baixo custo. "Estamos na principal avenida de Ibiporã, onde não existem mais pontos comerciais disponíveis. Aqui, todos os dias há uma movimentação grande de pessoas não só da cidade, mas também de Primeiro de Maio, Sertanópolis, Jataizinho e outros municípios", enfatiza.


Moya destaca ainda que o valor do investimento em um shopping popular é bem menor em relação a um ponto individual ou em um grande shopping. "Temos pontos sendo vendidos a partir de R$ 17 mil. Teremos como âncoras uma agência dos Correios e uma filial da Farmácia Vale Verde. E existe ainda outro fator que deve ser levado em consideração. Muitas pessoas das classes C e D não se sentem à vontade em locais muito requintados", afirma. Outro ponto positivo na avaliação de Moya é a segurança. "Teremos 32 câmeras internas e externas de segurança com alcance de até 25 metros".

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O casal Ana Karoline e Fernando César Almeida estão apostando na nova empreitada. Donos de uma loja no Camelódromo em Londrina, eles vão montar uma loja de bolsas no Shopping Popular Sou + Ibiporã. "Gostamos muito da localização e acreditamos que o shopping será um sucesso", diz Ana Karoline.


O Camelódromo foi o primeiro shopping popular de Londrina. Criado em 2003 com o objetivo de tirar os vendedores de rua que tinham barracas nas calçadas da avenida São Paulo, o local abriga 350 lojas. Os administradores afirmam que com o passar dos anos viram o nível dos produtos ofertados melhorar assim como o perfil dos clientes.


"Hoje em dia os clientes encontram quase tudo o que procuram no Camelódromo e cerca de 85% dos produtos vendidos são nacionais, adquiridos em São Paulo e vendido com nota fiscal", destaca o presidente da Ong Canaã que administra o Camelódromo, Vilson Alves da Silva. Ele afirma que o grande diferencial do espaço está no preço. Como o aluguel e o condomínios das lojas são bem mais baixos do que em grandes shoppings, temos condições de vender mais barato", diz.

Inaugurado há três anos, o Camelô Cincão, localizado na avenida Saul Elkind, conta com 54 lojas. Os proprietários do empreendimento creditam o sucesso do espaço à localização e conforto das instalações. "A construção foi toda planejada e fizemos tudo conforme manda a legislação. O resultado é mais segurança e corredores amplos e arejados entre as lojas", afirma Ulisses Sabino Nogueira, sócio-proprietário ao lado de Lucas Fernandes Rocha.


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