A Prefeitura de Londrina pagou o subsídio da passagem de ônibus às empresas com quase um mês de atraso. A verba, que deveria ter sido encaminhada no dia 15 do mês passado, só foi quitada na sexta-feira (12). O município alegou, na época, que não tinha dinheiro sobrando em caixa para pagar o subsídio mensal, calculado em R$ 672 mil.
Atualmente, o valor da tarifa é de R$ 2,20. Sem o subsídio, o londrinense pagaria R$ 2,35. A prefeitura fica responsável pelo repasse de R$ 0,15 por passagem. O subsídio foi adotado no ano passado pela administração Barbosa Neto (PDT). O repasse total, em um ano, ultrapassa os R$ 6 milhões.
Em entrevista ao Bonde no mês passado, o diretor do Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo de Londrina (Metrolon), Gildalmo Mendonça, garantiu que o atraso no pagamento não vai afetar a população. "As empresas não medirão esforços para dar prosseguimento ao serviço. Estudantes, trabalhadores e público em geral que utilizam o transporte coletivo podem ficar tranquilos porque as empresas trabalharão para garantir a execução do serviço."
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De acordo com informações da Secretaria de Fazenda, o dinheiro usado para pagar o subsídio estava sendo reservado para possíveis emergências. Vale lembrar que o município quitou a parcela do subsídio referente ao mês passado. Já em relação à deste mês, a atual administração admite que ainda não sabe de onde vai tirar recursos para fazer o pagamento.
Possível aumento, apesar do subsídio
Em agosto, as empresas de ônibus solicitaram um novo reajuste, alegando aumento da folha de pagamento dos funcionários, combustível e renovação da frota. Ou seja, a passagem pode aumentar, apesar do subsídio. Segundo o presidente do Metrolon, as empresas estão há 18 meses sem recomposição tarifária.
A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) está realizando a análise da planilha de valores que pode resultar no aumento da tarifa.