A Receita Federal corrige a partir deste mês a tabela do Imposto de Renda (IR) em 4,5%. A faixa de salário isenta do pagamento passa de R$ 1.313,69 para R$ 1.372,81, o que amplia o número de pessoas que deixam de recolher na fonte.
Os trabalhadores com renda acima desse valor também serão contemplados, já que muda a faixa de rendimento sujeita à alíquota. O desconto de 15% incidirá sobre os ganhos entre R$ 1.372,82 e R$ 2.743,25. Até dezembro de 2007, essa faixa ia de R$ 1.313.70 até R$ 2.625,12.
A maior alíquota (27,5%) incidirá sobre as remunerações acima de R$ 2.743,25, contra os R$ 2.625,12 anteriores. As novas regras foram publicadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira (31).
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Para o economista Victor José Hohl, conselheiro do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal, a correção da tabela do Imposto de Renda deve ser considerada "sutil".
"Ela só corrige uma perda que o trabalhador, o assalariado, teve com a inflação. As pessoas tiveram aumento de correção salarial e agora passa a pagar praticamente a mesma coisa que pagava. É óbvio que se não tivesse a correção aí teria sim, um impacto negativo", avalia Hohl.
"O governo não deixa de arrecadar nada e as pessoas também não ficam no prejuízo, mas também não têm ganho. Houve inflação, os preços subiram, a tabela subiu, o salário do contribuinte subiu e ficou tudo na mesma."
Agência Brasil