A TAM abriu um programa de demissão voluntária (PDV) e um plano de licenças não remuneradas para cortar 811 pilotos e comissários. O anúncio foi feito na quinta-feira, 1, após reunião de seis horas com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).
Segundo o presidente do sindicato, Marcelo Ceriotti, a intenção inicial da empresa era reduzir mil tripulantes de sua escala. Após a reunião, a TAM teria aceitado limitar os cortes a cerca de 800 pessoas, disse Ceriotti.
"Queremos evitar que as pessoas sejam demitidas (compulsoriamente). Vamos negociar para que a TAM ofereça um pacote atrativo para conseguir fazer esse corte com demissões voluntárias", disse.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Em comunicado enviado na quinta-feira, 1, à noite, a TAM informou que abrirá uma licença não remunerada de 18 meses, prorrogáveis por mais 12 meses para pilotos e comissários. Os funcionários continuarão a ter direito ao plano de saúde da empresa por seis meses. E, até o fim da licença, poderão utilizar os benefícios de passagens aéreas oferecidos a todos os funcionários da TAM.
Já o PDV será oferecido apenas aos tripulantes de aeronaves A319, A320 e A321, da Airbus. Eles receberão uma indenização, em valor não informado, além de seis meses de plano de saúde e direito a resgatar três passagens aéreas para o funcionário ou seu familiar. A empresa disse também que dará "apoio à transição de carreira com consultoria especializada."
Nesta sexta-feira, 2, a TAM fará nova reunião com o sindicato para fechar os detalhes do PDV e do programa de licenças não remuneradas. Os cortes de emprego são uma reação da empresa à redução da oferta de voos, diante do cenário mais adverso para a aviação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.