As tarifas avulsas de serviços bancários subiram até 328% entre abril de 2008, quando o Banco Central (BC) instituiu novas regras para o segmento, e fevereiro deste ano. O porcentual supera amplamente a inflação do período, que foi de 9,88%. Nos pacotes de serviços, a maior variação foi de 65,8%.
Os números integram estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). O levantamento, realizado pela economista Ione Amorim, foi feito com base nas informações que as instituições publicam em seus sites na internet. Participaram da amostra os dez bancos brasileiros que têm mais de 1 milhão de clientes.
"A principal conclusão que tiramos é que as maiores variações são explicadas pelo realinhamento das tarifas com a média do setor", diz Ione. "Isso mostra que os bancos não trabalham pela menor tarifa, mas para estar junto dos outros, o que demonstra pouca concorrência."
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Depois que o BC apertou as regras, ficou mais fácil para os bancos comparar as tarifas com os concorrentes. Daí o realinhamento a que se refere o Idec. Quem cobrava menos procurou se aproximar de quem cobrava mais - e não o contrário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.