A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) no mês de setembro foi de 3,4% da População Economicamente Ativa (PEA) – um nível menor que o constatado no mês anterior (3,8%). O índice de setembro é o menor para o mês na série histórica iniciada em 2002, situando-se abaixo do patamar apurado em setembro de 2010 (3,5% da PEA). Os números foram apurados pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa da RMC – que não integra a média nacional, calculada a partir de seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) – foi, novamente, a menor do País. A desocupação brasileira atingiu 6% da PEA, também o menor patamar para o mês de setembro desde o início da nova série em 2002, igual ao registrado em agosto de 2011 e inferior ao de setembro de 2010 (6,2%).
O rendimento médio real (com o desconto da inflação) dos trabalhadores foi de R$ 1.705,80 na RMC em setembro, 1,9% acima do registrado em agosto de 2011 e 1% abaixo do valor de agosto de 2010. A RMC ostenta o segundo maior rendimento do País, ficando atrás apenas da Região Metropolitana de São Paulo (1.710,60) e 6,1% superior à média nacional. No Brasil, os rendimentos atingiram R$ 1.607,60 em setembro de 2011, praticamente iguais aos de setembro de 2010 e 1,8% inferiores aos de agosto de 2011.
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AVALIAÇÃO – Para o presidente do Ipardes, o economista Gilmar Mendes Lourenço, a estabilização do desemprego e a tendência de declínio dos rendimentos reproduzem a combinação entre o quadro de desaceleração moderada da economia brasileira, em resposta à política de austeridade monetária praticada pelo governo federal entre o final de 2010 e julho de 2011 (buscando a contenção das pressões inflacionárias), e as incertezas provocadas pelos desdobramentos da crise internacional.
Lourenço também afirma que o mercado de trabalho no Paraná e na RMC continua bastante dinâmico, refletindo o ambiente institucional mais propício à realização de negócios – instaurado desde o início do ano no Estado. O presidente do Ipardes ainda destaca a boa performance dos setores de serviços, indústria e transformação, comércio e construção civil, principais responsáveis pelo aumento do emprego no Paraná (com AEN).