A taxa média dos juros bancários caiu 0,7 ponto percentual em setembro, comparado a agosto, e ficou em 39% ao ano, voltando ao patamar de março, depois de cinco meses seguidos de alta, como mostra o Relatório de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro, divulgado há pouco pelo Departamento Econômico (Depec) do Banco Central (BC).
De acordo com o relatório, o declínio mensal no custo do crédito foi determinado por reduções de 0,9 ponto percentual nas operações bancárias de pessoa jurídica, com taxa média de 30% ao ano, e de 0,5 ponto percentual nos créditos para pessoa física, que ficaram na média de 45,7% ao ano. Enquanto isso, a inadimplência manteve-se estável (em 5,3%) em relação aos atrasos superiores a 90 dias.
Esse cenário, estimulado pela redução da taxa básica de juros (Selic) no final de agosto, de 12,5% para 12% ao ano, criou condições favoráveis para que as operações de crédito tivessem expansão mais acentuada em setembro que nos meses anteriores. Evolução influenciada também pela depreciação cambial, com ênfase nos financiamentos realizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e nos adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACC).
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O volume de crédito atingiu R$ 1,929 trilhão no fechamento de setembro, registrando expansões de 2,1% no mês e de 13,1% no acumulado janeiro-setembro. Em 12 meses, o aumento chega a 19,6%. Com essa evolução, a relação crédito/PIB aumentou de 47,8% no em agosto para 48,4% em setembro. Foram contratadas operações no valor de R$ 1,247 trilhão com recursos livres e mais R$ 682,5 bilhões com recursos direcionados, via BNDES, principalmente.