A incidência de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas aplicações de estrangeiras em fundos de renda fixa e na bolsa não vai afetar a abertura de capital das empresas, na opinião do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Em audiência na comissão especial da Câmara criada para discutir a capitalização da Petrobras, Mantega voltou a afirmar que os 2% de IOF irão afugentar apenas os investidores de curto prazo.
"Quando você faz uma aplicação em uma empresa, você não está preocupado com o ganho financeiro, e sim com a rentabilidade da empresa, o dividendo que aquela ação vai dar, a produção. Isso não foi afetado pela medida".
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O ministro explicou que o governo optou por fazer a tributação na entrada do capital, e não na saída, porque era mais fácil associá-la à conversão do câmbio.
"É mais fácil tributar na entrada, porque o governo tem esse dado preciso. Porque ele tem que fazer o câmbio e é nesse momento que ele faz a tributação. Na saída é mais complicado".
Apesar de considerar positiva a repercussão da medida, o ministro disse que o governo vai observar os reflexos dela.
"Nada impede que a gente possa pensar em medidas complementares e adicionais. Eu não podia dialogar com os setores porque estaria dando uma informação privilegiada ao mercado. Ninguém discute medidas cambiais abertamente. Mas agora que a medida já está implementada, estarei aberto ao diálogo".