Muitos dizem que a telefonia fixa está morrendo. Nos Estados Unidos, o total de linhas em serviço diminui a cada ano. Aqui no Brasil, no entanto, o setor tem mostrado um crescimento modesto. A base de telefones fixos em serviço passou de 41,5 milhões em 2009 para 42 milhões no ano passado, segundo a consultoria Teleco.
Essa expansão pode ser creditada à competição. No fim do ano passado, 23,5% das 42 milhões de linhas eram de competidoras, como a Embratel e a GVT. As concessionárias, empresas dominantes em suas áreas, ficaram com 76,5%. Elas incluem as gigantes Telefônica e Oi, além da CTBC e da Sercomtel.
Desde 2002, a Oi perdeu 18,6% de suas linhas fixas, fechando o ano passado com 20,025 milhões. Na Telefônica, a queda nesse período foi de 9,7%, para 11,296 milhões. No ano passado, a concessionária de São Paulo conseguiu estancar a perda, ganhando 38 mil clientes. "A Telefônica fez um esforço de marketing muito grande", diz Eduardo Tude, presidente da consultoria.
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A parceria entre a Net e a Embratel acumulava 7 milhões de assinantes no fim de 2010. No caso da Net, os combos (pacotes que unem telefone, internet e TV) impulsionaram a demanda. "Praticamente não existe demanda nova para telefones fixos", diz Márcio Carvalho, diretor de Produtos e Serviços da Net. "Os outros serviços têm uma importância grande". Principal concorrente da Oi e da Telefônica, a Net cobre cerca de 20% dos domicílios do País.
A GVT, outra grande competidora, ainda não tem TV paga. Ela planeja lançar o serviço ainda este ano. A empresa fechou o ano passado com 5,4% do mercado. "Se pegarmos somente as cidades onde a GVT opera, temos 12%", diz Alcides Troller, vice-presidente de Marketing e Comunicação da operadora. "Se levarmos em conta somente as áreas onde a GVT tem rede, não existem números oficiais, mas estimamos uma participação de 27% a 30%" As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.