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Em todo o Paraná

Trabalhadores da Copel paralisam atividades nesta quinta

Mariana Franco Ramos - Redação Bonde
21 nov 2012 às 10:45

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- Reprodução
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Funcionários da Companhia Paranaense de Energia (Copel) realizam nesta quinta-feira (22), em todo o Estado, o que chamam de paralisação de alerta. Os 15 sindicatos que representam os trabalhadores da empresa rejeitaram em assembleias a proposta de reposição de inflação de 5,58%, apresentada pela direção da companhia, e pedem um ganho real de 3%, totalizando 8,5% de reajuste.

A previsão inicial do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Singe-PR) é que a adesão ao movimento, com duração prevista de 24 horas, seja de pelo menos 70% dos mais de 9,2 mil funcionários.

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Segundo o presidente do Singe-PR, Ulisses Kaniak, haverá concentrações nas principais sedes da empresa. Em Curitiba, a mobilização será na esquina da Rua Coronel Dulcídio com a Avenida Batel e, em Londrina, na regional da Rua Chile. "Será uma manifestação pacífica. Vamos dialogar bastante com os funcionários e não temos nenhuma intenção de fazer nada contra o patrimônio da empresa, que é público, nem de causar transtornos à população. Queremos alertar e sensibilizar a direção e o governo do Estado a apresentar uma proposta melhor", afirmou. De acordo com ele, o movimento não deve interferir no abastecimento de energia.

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Além da ação desta quinta-feira, os funcionários programam outra paralisação, de 48 horas, para os dias 29 e 30 de novembro. "No ano passado foi similar: a empresa não deu nada a mais que o INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor] e, nesse ano, os empregados querem dar um basta. Foi uma reivindicação muito forte, que veio de todas as bases, mas a empresa não sinalizou isso. Sempre fala que é o que pode no momento, que há problemas conjunturais, e por outro lado diz ao mercado que será uma das menos prejudicadas com as novas regras do setor elétrico. Não sei o motivo dessa intransigência", argumentou Kaniak.

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O Singe-PR também acusa a Copel de ter ampliado, nos últimos dois anos, os gastos com remuneração de diretores em até 42% e de ter aumentado a distribuição de dividendos aos acionistas de 25% para 35%.


Outro lado - A Copel afirmou, em nota, que a proposta de 5,58% é a melhor possível diante do novo cenário econômico e do setor elétrico no País. "Com a entrada em vigor das novas regras do setor elétrico previstas pela Medida Provisória 579, a Copel e as demais concessionárias terão queda significativa de receita. Por isso, outras empresas do setor elétrico não estão oferecendo reajuste equivalente ao INPC, como a Copel oferece, e também não oferecem qualquer reajuste nos benefícios de seus empregados", diz trecho do documento.


De acordo com a companhia, o movimento de greve é "desproporcional" e irá prejudicar a população paranaense. A Copel também informou que é inverídica a informação de que os diretores da empresa tiveram reajuste salarial de 42,34% nos últimos dois anos. "Em setembro de 2011, o reajuste para os diretores foi de 7,3%, igual ao reajuste de todos os empregados. Em 2012, o reajuste foi de 2,78%, aplicado em fevereiro. Os diretores só terão novo reajuste em abril de 2013", completa a nota.

Por último, a companhia disse que, além do aumento nos salários, propôs aos trabalhadores o pagamento de abono de valor equivalente a duas remunerações básicas e reajustes de 8,20% no auxílio-creche, 9,60% no auxílio-alimentação, 5,95% no auxílio à pessoa com deficiência dependente do empregado e 7,41% no teto do valor do auxílio educação.


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