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80 desligamentos

Trabalhadores da GM entram em greve por demissões

Agência Estado
02 fev 2012 às 21:26

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Parte dos trabalhadores da General Motors, da planta de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, paralisaram as atividades do setor de montagem do MVA, nesta quinta-feira (2), em protesto contra cerca de 80 demissões que teriam ocorrido desde o início do ano, incluindo lesionados.

Pela manhã a paralisação durou três horas, com a participação de mil funcionários; à tarde, outros dois mil funcionários da S10, também cruzaram os braços, só que apenas por uma hora.

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Em assembleias realizadas na última segunda-feira, dia 30, os trabalhadores haviam aprovado uma pauta de reivindicações, entre elas a exigência do fim dos cortes, a abertura de negociações imediatas com o Sindicato e informações sobre o plano de investimentos da empresa para o próximo triênio. Os trabalhadores querem ainda a antecipação do 13º salário no mês de fevereiro como é tradição na empresa.

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"Vamos aguardar até dia 9, quando haverá uma conversa com a empresa, mas esperamos que cessem as demissões senão podemos parar por períodos maiores", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Vivaldo Moreira.

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Ele reclama da demissão de 38 lesionados desde outubro passado. "A empresa está passando por cima de nossa convenção coletiva. Não é verdade que haja excesso de trabalhadores na fábrica, pois a produção está a todo vapor. As demissões são uma forma aumentar o lucro, com a demissão dos trabalhadores mais antigos e redução da média salarial", afirmou.


Segundo Moreira, a GM tem desrespeitado os acordos que ela própria assinou e a legislação trabalhista. "O clima na fábrica é de insatisfação geral e os metalúrgicos estão mobilizados para barrar os ataques da empresa", afirma.

A assessoria de imprensa da General Motors informou no final da tarde desta quinta-feira, que a empresa não iria se pronunciar sobre a paralisação e as acusações dos sindicalistas.


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