Parte dos trabalhadores da General Motors, da planta de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, paralisaram as atividades do setor de montagem do MVA, nesta quinta-feira (2), em protesto contra cerca de 80 demissões que teriam ocorrido desde o início do ano, incluindo lesionados.
Pela manhã a paralisação durou três horas, com a participação de mil funcionários; à tarde, outros dois mil funcionários da S10, também cruzaram os braços, só que apenas por uma hora.
Em assembleias realizadas na última segunda-feira, dia 30, os trabalhadores haviam aprovado uma pauta de reivindicações, entre elas a exigência do fim dos cortes, a abertura de negociações imediatas com o Sindicato e informações sobre o plano de investimentos da empresa para o próximo triênio. Os trabalhadores querem ainda a antecipação do 13º salário no mês de fevereiro como é tradição na empresa.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
"Vamos aguardar até dia 9, quando haverá uma conversa com a empresa, mas esperamos que cessem as demissões senão podemos parar por períodos maiores", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Vivaldo Moreira.
Ele reclama da demissão de 38 lesionados desde outubro passado. "A empresa está passando por cima de nossa convenção coletiva. Não é verdade que haja excesso de trabalhadores na fábrica, pois a produção está a todo vapor. As demissões são uma forma aumentar o lucro, com a demissão dos trabalhadores mais antigos e redução da média salarial", afirmou.
Segundo Moreira, a GM tem desrespeitado os acordos que ela própria assinou e a legislação trabalhista. "O clima na fábrica é de insatisfação geral e os metalúrgicos estão mobilizados para barrar os ataques da empresa", afirma.
A assessoria de imprensa da General Motors informou no final da tarde desta quinta-feira, que a empresa não iria se pronunciar sobre a paralisação e as acusações dos sindicalistas.