Os trabalhadores dos Correios decidiram entrar em estado de greve a partir desta terça-feira (15). No entanto, as entregas de correspondências e encomendas não foram paralisadas e continuam normalmente. A categoria fez 22 dias de greve e voltou ao trabalho no dia 10 de outubro.
Segundo informações do secretário de comunicação e imprensa do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Wilson Dombrovski, os funcionários decidiram pelo estado de greve porque estaria ocorrendo discriminação dos empregados que participaram da paralisação.
''Ocorreram retaliações quando voltamos a trabalhar após a greve'', disse o diretor do Sintcom da Região Norte, Fabiano Silvério. Segundo ele, a empresa quis transferir pessoas de local de trabalho; os que trabalham de moto teriam que fazer o expediente a pé e chamaram para trabalhar no último sábado só quem não participou da greve.
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Segundo Dombrovski, no dia 28 de outubro acontece uma assembleia de avaliação que pode decidir pela greve, caso continuem as discriminações. Ele disse que a empresa tem convocado funcionários para atuarem em outras unidades distantes do local de trabalho e com convocações em cima da hora.
Os Correios esclareceram que como parte do Plano de Continuidade dos Negócios, programaram o remanejamento temporário de empregados e recursos materiais para unidades com maior volume de objetos postais em atraso. Ainda segundo a empresa, o objetivo é normalizar a entrega de cartas e encomendas até o final desta semana. Os Correios informaram também que é prática comum da empresa o deslocamento de empregados para apoio operacional sempre que há aumento pontual de objetos em determinadas unidades. Quando a greve terminou, havia 1 milhão de objetos acumulados para serem entregues no Paraná. Na última segunda-feira, este número já tinha caído para 600 mil.
Os trabalhadores conseguiram 8% de reajuste nos salários, 6,27% no vale-alimentação e demais benefícios e a manutenção do plano de saúde, que foram determinados em dissídio coletivo pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). A categoria reivindicava 10% de reajuste nos salários, mais R$ 100 de aumento linear e 10% de reajuste nos benefícios, além da manutenção dos planos de saúde. A reposição dos dias parados vai acontecer até duas horas por dia até abril de 2014.