Representantes de sindicatos de trabalhadores de 20 países reuniram-se na manhã desta segunda-feira (18), no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, em ato de apoio às denúncias de empregados contra a rede de lanchonetes McDonald's.
De acordo com sindicalistas, a empresa tem descumprido leis trabalhistas brasileiras. "Nossa luta não é contra a empresa, e sim contra as irregularidades que ela prática, como colocar o funcionário à disposição e só pagar as horas trabalhadas, mudar o horário a todo momento, entre outros", disse o presidente do Sinthoresp, Francisco Calasans.
O sindicato representa trabalhadores dos setores de alimentação e hotelaria. Segundo Calasans, o movimento tem o apoio de um sindicato americano de trabalhadores no setor de serviços.
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"Todos vão ouvir o eco sobre o trabalho escravo e o desrespeito do McDonald's. Nós não vamos recuar. Temos outros países nos apoiando porque eles exploram onde estão porque querem ganhar onde podem", disse o diretor jurídico da Nova Central Sindical, Elísio Ribeiro.
Os participantes devem fazer uma passeata ainda hoje até uma loja da rede de fast food. O manifesto ocorre paralelamente a um congresso, iniciado ontem (17), para discutir o assunto. Amanhã (19), a comitiva parte para Brasília para participar de uma audiência pública convocada pelo senador Paulo Paim (PT-RS).
A assessoria da rede McDonald's informou que vai divulgar uma nota ainda hoje sobre o ato.