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Em seis anos

Um terço da população curitibana subiu de classe social

Redação Bonde com Prefeitura de Curitiba
09 dez 2011 às 13:14

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- Brunno Covello/SMCS
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A redução da desigualdade e o célere caminho na erradicação da pobreza em Curitiba, atestados pela Fundação Getúlio Vargas, são resultados da consolidação de dois pilares de uma sociedade sustentável: o crescimento econômico aliado ao forte investimento na base da pirâmide social.

Os dados estratificados pela FGV, com base na Pnad/IBGE, apontam que 648,2 mil curitibanos subiram de classe social entre 2003 e 2009. Em 2003, 474.210 curitibanos estavam situados nas classes D e E, 893.831 na classe C e 291.372 nas classes A e B. Percentualmente, as classes representavam 28,57% (D/E), 53,86% (C) e 17,55% (A/B) da população curitibana.

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Passados seis anos, a nova pirâmide social mostrou a ascensão das classes C e A/B. A classe C continua predominante, reúne 1.075.998 curitibanos – 58,19% da população, seguida das classes A/B, com 528.016 pessoas – 28,56%, e das classes D/E com 244.780 pessoas – 13,23% da população. Entre 2003 e 2009, as classes D e E tiveram uma redução superior a 15%.

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No período de seis anos, em números absolutos, pode-se dizer que 229.430 curitibanos saíram das classes D/E, a classe C teve aumento de mais 182.167 pessoas e mais 236.654 curitibanos alcançaram o topo da pirâmide e estão nas classes A/B.

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Receita -
O chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV, o economista Marcelo Neri, diz que Curitiba tem uma receita própria que explica a qualidade de vida acima das cidades do seu porte, incluindo as capitais. "Curitiba alia crescimento econômico com investimento na base. Essa combinação do bolo crescendo com mais fermento na base da distribuição é a receita curitibana", disse Neri que detalhou os dados da FGV numa série de encontros em Curitiba.


O conceito de classes é baseado na renda das pessoas. Quem faz parte da classe E tem renda mensal de até dois salários mínimos - R$ 1.090,00. Na D, a renda varia entre de dois e seis salários – até R$ 3.270,00 -, na da C de seis a 15 salários – até R$ 8.175,00 -, na B de 15 a 30 salários mínimos – até R$ 16.350,00 – e na A, acima de 30 salários.

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"O crescimento da renda dos curitibanos, na média, é mais robusto que o nacional. Enquanto, a renda na média nacional aumentou 32%, o do curitibano aumentou 47%", avalia Neri.


A nova classe média, segundo Neri, é formada por trabalhadores com carteira assinada que ascenderam das classes E e D. "Entre os emergentes em Curitiba estão as mulheres que tiveram um crescimento de renda acima dos homens - 60% contra 40% - e os trabalhadores de baixa escolaridade", disse.


Nota-se que Curitiba vive a epóca do chamado pleno emprego e de disputa de trabalhadores pelas empresas, característica registrada principalmente na construção civil. Os salários de pedreiros, eletricistas, armadores, carpinteiros, mestre de obras, entre outros, estão bem valorizados com o aquecimento do setor.

O salário do curitibano, segundo levantamento do Dieese, é um dos maiores do país. Hoje a média salarial do trabalhador curitibano está na casa de R$ 2.287,02. A média salarial no Estado está na casa dos R$ 1.625,41.


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