Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Combustíveis

Usinas garantem álcool, mesmo com excesso de chuvas

Eli Araujo/Equipe Folha
22 out 2009 às 15:44

Compartilhar notícia

Segundo Associação dos Produtores, índice de aproveitamento na indústria, que geralmente fica na média de 85%, caiu para 65%, cerca de 20% - Folha de Londrina/Arquivo
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O excesso de chuva nos últimos quatro meses tem prejudicado a colheita de cana-de-açúcar no Paraná e, em consequência, a produção de álcool. No entanto, as usinas garantem que não faltará o produto para abastecer o mercado interno.

A informação é do presidente da Associação dos Produtores de Bionergia do Paraná (Alcopar), Anísio Tormena. Segundo ele, a situação é tão crítica que as usinas voltaram a trabalhar ontem ''depois de ficarem dez dias sem moer uma cana''. Apesar da garantia, ele reconhece que os estoques de álcool estão baixos.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Tormena diz que o excesso de chuva aumenta os custos e reduz o tempo útil da moagem de cana. Segundo ele, o índice de aproveitamento na indústria, que geralmente fica na média de 85%, caiu para 65%, ou seja, uma redução em torno de 20%.

Leia mais:

Imagem de destaque
Crise

Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV

Imagem de destaque
97,5 milhões de ocupados

Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE

Imagem de destaque
Atenção à data

Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda

Imagem de destaque
Resultado animador

Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC


''Deveríamos trabalhar pelo menos 85 dias em cada 100, mas, na verdade, estamos trabalhando 65 ou 67 dias por causa das chuvas''. Além disso, os custos aumentam porque a umidade reduz a produtividade e a qualidade da cana que já estava cortada no campo e os trabalhadores continuam recebendo os salários normalmente, mesmo sem produção.

Publicidade


Não é somente a chuva que está contribuindo para baixar os estoques de álcool. Há pelo menos outros dois motivos. O primeiro, segundo informa o presidente da Alcopar, é que as usinas devem priorizar a produção de açúcar para honrar os compromissos firmados em contrato. ''A venda do açúcar é feita com antecedência, normalmente na safra anterior, e existem sanções pesadíssimas para quem não entregar no tempo combinado e, por isso, os empresários buscam primeiro cumprir aquelas obrigações''.


Outro motivo é que a demanda por álcool vem aumentando no Brasil expressivamente. De acordo com o empresário, o consumo mensal do País no ano passado era de 1,6 bilhão de litros, enquanto em 2009, o volume subiu para 2 bilhões de litros (incremento de 25%). O crescimento, na sua avaliação, se deve à melhoria do poder aquisitivo dos trabalhadores e ao aumento do número de carros em circulação ''porque há muita facilidade para a compra de veículos''.

Apesar das interferências climáticas, a situação atual não é de toda ruim para as usinas. O presidente da Alcopar diz que o preço do álcool no primeiro semestre deste ano não cobria sequer os custos de produção. Agora, com a escassez de produto e aumento de consumo, o litro do álcool sai das usinas por R$ 1,10, e somando os custos de transporte e margem de lucro das distribuidoras e revendedores, chega ao consumidor final por R$ 1,70 ou R$ 1,75, em média.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo