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Queda de 18,6% do dólar

Valorização do real não afetará exportações este ano, diz ministério

Agência Brasil
01 jul 2016 às 18:03

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- Reprodução
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A queda de 18,6% do dólar no primeiro semestre não deverá afetar as exportações brasileiras este ano, disse nesta sexta-feira (1º) o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento (MDIC), Herlon Brandão. Segundo ele, mesmo com o recuo nos seis primeiros meses do ano a cotação continua atrativa para os exportadores, e a maioria dos contratos comerciais é fechada com meses de antecedência.

De acordo com Brandão, a taxa média de câmbio no primeiro semestre de 2016 ficou em R$ 3,70, contra R$ 2,97 no primeiro semestre do ano passado e R$ 2,97 em todo o ano de 2015. "O patamar ainda é alto em relação ao que vinha acontecendo nos últimos anos. Isso é positivo e ajuda a manter a rentabilidade do exportador", declarou.

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O diretor do MDIC não informou projeções, mas disse esperar que o câmbio médio em 2016 feche o ano em um nível maior que o de 2015. "A última edição do Boletim Focus [pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo Banco Central] estima câmbio de R$ 3,60 no fim do ano. Se o dólar fechar nesse nível, certamente o câmbio médio ficará acima do observado em 2015", acrescentou.

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Com a maior parte dos contratos com compradores estrangeiros fechada, Brandão afirmou que, somente se o dólar ficar em valores abaixo do câmbio médio do ano passado por muito tempo, as exportações brasileiras, principalmente de manufaturados, podem ser afetadas.

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"Os contratos comerciais são fechados com meses de antecedência. Somente uma queda duradoura, de longo prazo, no dólar poderá impactar as vendas externas", comentou.


No primeiro semestre, o país registrou superávit comercial (diferença entre exportações e importações) de US$ 23,635 bilhões, melhor recorde para o período. O saldo comercial recorde, no entanto, se deve ao fato de que as exportações caíram em maior ritmo que as importações. De janeiro a junho, o valor das vendas externas caiu 5,9% em relação ao mesmo período do ano passado, mas o valor importado despencou 28,9%.

Conforme Brandão, o MDIC mantém a estimativa de que a balança comercial encerre o ano com resultado positivo entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões. A pasta também manteve estimativa de que as vendas de manufaturados encerrem o ano com pequeno crescimento em relação a 2015. No primeiro semestre, as exportações desse tipo de produto fecharam com queda de 4%.


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