O setor automotivo deve enfrentar queda nas vendas com o fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) adotado durante a crise financeira internacional, que chegou ao país no final de 2008, mas depois se adequará.
A avaliação foi feita hoje (23) pelo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider. Para ele, o primeiro efeito após o fim da redução deve ocorrer no até o início de maio.
"Vai ter inicialmente uma queda e depois se acomoda ao ponto de mantermos nossas previsões de crescimento no ano de 8% em comparação ao ano anterior para o mercado interno", afirmou. Ele lembrou que essa taxa de crescimento representa um volume de mais 400 mil unidades. Em 2009, foram aproximadamente 2,950 milhões.
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Jackson Schneider, que participou da reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, evitou falar de reajuste de preços com o fim do IPI, pois segundo ele o mercado automotivo ainda não apresentou os números relativos aos ajustes que, eventualmente, virão com a volta da carga tributária ao patamar anterior.
De acordo com ele, muitas concessionárias estão ainda com estoques formados com a carga reduzida e continuam fechando vendas com o benefício da redução do IPI, além de fazer promoções junto com as montadoras. O empresário demonstrou tranquilidade ao analisar as condições da economia.
"O grande motor são as próprias condições do Brasil, que poderá ter crescimento da economia acima de 6%, aumento de postos de trabalho, reforço de uma classe média ampliado, aumento de massa salarial e índice de confiança aumentado, com crédito ampliado".