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Expectativa

Venda de veículos deverá ser recorde em 2009

Agência Estado
15 set 2009 às 14:46

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O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, afirmou hoje que a venda de veículos no mercado interno deverá ser recorde neste ano. "O Brasil deverá ter um recorde em seu mercado interno em 2009 e chegar a ser o quinto maior mercado do mundo", disse o executivo, em palestra na reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Itamaraty.

Schneider não mencionou números sobre as vendas deste ano. Ele lembrou que, em dezembro do ano passado, as montadoras tinham 300 mil veículos parados nos pátios. A reação dessas empresas, segundo ele, teve como fator decisivo a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "Carga de impostos menor significa um mercado de massa maior", afirmou.

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Pouco antes da palestra do presidente da Anfavea, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse aos conselheiros que é preciso fazer uma avaliação da questão tributária, mas pediu que não falassem com ele sobre renovação da redução do IPI. A vigência da redução do imposto para os veículos termina no dia 31 de dezembro.

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A presidente do Instituto de Desenvolvimento do Varejo, Luiza Trajano, que preside também o Magazine Luiza, fez um discurso otimista sobre a situação da economia brasileira: "Temos dificuldade em dizer que o Brasil está bem, por parecer uma coisa partidária, mas o Brasil sairá fortalecido da crise. Não temos de ter vergonha de dizer que estamos saindo bem da crise", afirmou.

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CUT


O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Feijó, criticou hoje, em discurso no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), a decisão de muitos empresários de demitirem seus empregados "sem necessidade" no auge da crise financeira global. Ele disse que não citaria nomes, "para não ser deselegante", mas que não é possível que empresas, "com bilhões e bilhões de reais de lucro, durante anos", não tenham responsabilidade social. Ele disse que essas empresas sequer negociaram com os representantes dos trabalhadores. Segundo ele, essa é uma conduta que precisa ser "extirpada" da vida nacional.

Feijó disse também que uma outra lição dessa crise é de que toda política de estímulo à atividade econômica tem de estar calcada na contrapartida social, que nesse caso é o emprego. Ele lembrou que o governo, quando negociou a redução do IPI para automóveis no fim do ano passado, não exigiu como contrapartida a manutenção dos empregos. "Mas da segunda vez (na renovação do incentivo neste ano), o ministro Mantega (da Fazenda) aprendeu a lição", disse Feijó. Ele também criticou os spreads bancários elevados que, segundo ele, continuam altos e sem justificativa. O spread é a diferença entre o custo de captação do dinheiro pelo banco e o valor cobrado nos empréstimos.


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