O volume de implementos rodoviários comercializados no País no primeiro semestre deste ano cresceu 20,51% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram vendidos de janeiro a junho, no mercado interno, 90.972 produtos como semirreboques, carrocerias, betoneiras e tanques. Os dados foram divulgados hoje pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).
Com relação às expectativas para o ano, a entidade espera, no cenário mais otimista, que o setor encerre o ano com crescimento de 9,1% na produção, totalizando 190.500 unidades. Com relação ao faturamento, a expectativa é de uma alta de 16,2%, somando R$ 7,9 bilhões. Já no cenário mais pessimista, a projeção é de que a produção cresça apenas 4,5% e chegue a 182.500 unidades, enquanto o faturamento tenha queda de 1,2% em relação ao registrado em 2010, ficando em R$ 6,7 bilhões.
Entre os principais motivos para essa possível queda, segundo o presidente da entidade, Rafael Campos, está o fato de as importações estarem crescendo. "Se o País não definir se o modelo nacional é industrial ou de serviços, vamos ter fortes problemas no futuro devido à invasão da indústria estrangeira", afirmou.
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A outra dificuldade que o setor vem enfrentando é devido às mudanças no financiamento oferecido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que passaram a valer a partir de 1º de abril. O BNDES prorrogou até o final do ano seu Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que financia a aquisição de máquinas, equipamentos e veículos e que se encerraria em março. Mas a partir de 1º de abril o PSI passou a vigorar com novas regras, o que inclui taxas de juros mais altas e a diminuição do porcentual financiado - antes chegava a 100% do valor do bem e, hoje, dependendo do caso, é de 70%. "Precisamos pelo menos de mais agilidade na concessão dos financiamentos", afirmou o presidente da Anfir.