No último final de semana que antecede o Dia dos Namorados, as vendas no comércio de Londrina ainda permanecem nebulosas. Muitos comerciantes e gerentes de lojas da cidade acreditam que deve haver um novo fôlego à partir de amanhã – semana que antecede a data - mas até o momento as opiniões estão divididas em relação ao crescimento no volume de vendas e ticket médio em comparativo ao ano passado.
Não foi realizada nenhuma pesquisa na cidade para estimar crescimento ou queda nas vendas. Nos estabelecimentos consultados pela reportagem da FOLHA, os percentuais de alta variam entre 6% e 10%, mas muitos preferem não arriscar neste momento, já que esperam melhor fluxo à partir de amanhã. Em Curitiba, de acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto Datacenso, sob encomenda da Associação Comercial do Paraná (ACP), o volume de vendas poderá crescer até 1% em relação a 2014, apesar da queda no ticket médio em 21%: de R$ 156 para R$ 124 no período.
A gerente da Bolivar Sport Wear, Ana Cristina Bená, lembra que o ano passado foi interessante para o segmento de moda esportiva, já que a data coincidiu com o período de Copa do Mundo. "Até agora, o fluxo está legal e esperamos um crescimento de 10%. Estamos trabalhando com marcas novas e uma coleção de inverno interessante para atender o Dia dos Namorados. Para nós, esta é a segunda data mais importante do ano e aguardamos bom movimento durante esta semana", salientou ela.
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Já a gerente do O Boticário, Maria Bordini Cardoso, está na expectativa que o comércio abra na próxima sexta-feira, Dia dos Namorados, mas que coincidentemente é feriado do Padroeiro de Londrina. Representantes do Sindicato do Comércio Varejista de Londrina e Região (Sincoval) e do Sindicato dos Empregados no Comércio de Londrina (Sindecolon) debatem com o prefeito, Alexandre Kireeff (PSD), e devem decidir amanhã se trabalharão na data. "No ano passado a data em si foi o nosso melhor dia de vendas, e olha que fechamos às 15 horas porque tinha jogo do Brasil na Copa. Se não abrirmos nesta sexta-feira, vai ficar complicado bater as metas da loja. Aguardamos uma alta de 6% a 8% em relação a 2014", disse.
Entre os casais de namorados que passeavam pelo centro da Londrina, as opiniões eram as mais variadas sobre gastar na data. O sushi man, Eduardo Naoto Shirai, e a auxiliar contábil, Ana Grazieli Cordioli, namoram há quase dois anos, sempre se presenteiam no Dia dos Namorados, mas desta vez vão passar em branco. "Estamos mobiliando nosso apartamento e vamos ter que segurar. Foi uma decisão conjunta", relataram.
Já os jovens estudantes, Lucas Della Mura e Larissa Briguente, namoram há quatro meses e vão passar a data juntos pela primeira vez. "Vamos comprar sim. Eu geralmente gasto em datas especiais e acho que a vale a pena. Já sei no que vou investir e acho que ela vai gostar", salientou Lucas.
O porteiro Tiago Sisti também abriu a carteira para presentear a namorada, juntos há nove meses. Ele disse que está olhando uma bota "há um bom tempo" e pretende gastar em torno de R$ 200. "Ela já me deu uma calça e agora vou comprar essa bota para ela. Vou comprar à vista porque não quero ficar endividado com presentes", disse ele.
De acordo com a ACP, o pagamento à vista continua sendo a principal forma que o consumidor vai utilizar nas compras – no crédito (36%), débito (19%) e em dinheiro (18%), mantendo a mesma forma praticada no Dia das Mães. Nas formas à prazo aparecem parcelado no cartão (22%), no carnê (3%) e cheque (1%).