A procura por novidades tecnológicas , a facilidade de compras à distância, pela intenert, e um ambiente econômico mais favorecido no mercado interno por maior acesso do consumidor ao crédito devem fazer do Natal 2009 o melhor dos últimos dez anos.
A avaliação é do consultor Claudio Felisoni de Angelo, coordenador da pesquisa Programa de Administração do Varejo (Provar), realizada em conjunto pelo Laboratório de Finanças (Labfin), da Fundação Instituto de Administração (FIA) e Felisoni Consultores Associados.
Segundo a pesquisa divulgada hoje (21), a previsão de aumento das vendas neste trimestre é de 6,1%, em outubro, 6,5%, em novembro e 5,2% em dezembro. Felisoni observou que essa condição é resultado, principalmente, dao fato de o país estar contornando os efeitos da crise econômica internacional. Ele alertou, porém, para o risco de inadimplência.
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"Nós temos uma renda média do pessoal ocupado em R$ 1.400 e, descontando os gastos com as despesas do dia a dia, o ideal seria não comprometer mais do que 15% a 20% da renda com o pagamento de dívidas".
Felisoni lembrou que apesar de ter baixado, a taxa de juros praticada no mercado ainda é alta, na faixa de 3% ao mês.
Dados da pesquisa realizada com 500 consumidores mostram que 14,4% têm a intenção de comprar produtos na área de cine e foto. No trimestre anterior, esse número foi de 11,6%. O segmento de cine e foto, líder na preferência entre dez itens consultados, assumiu a posição que era ocupada pelos bens de informática, agora na segunda colocação, com 12,8% ante 14,2%.
Os produtos da linha branca - geladeiras, fogões e máquinas de lavar - estão em quinto lugar na preferência do consumidor, com 9,8%. Na pesquisa anterior, esse número havida sido 12,2%., no terceiro trimestre.
Nesse caso, assim como no segmento de automóveis, em que o índice passou de 6,8% para 6,2%, Felisoni associa a queda ao fim da isenção do Imposto Sobre Produto Industrializado (IPI).
Na lista de intenção de compras pela internet os produtos que lideram a preferência dos consumidores são os CDs, DVDs, livros e revistas, com índice de 31,4%, um pouco mais do que na pesquisa anterior (31,2%), seguidos pelos eletroeletrônicos (30,4%), que caíram ante 31,4%) e informática (27,8% ante 29,1%).