Vigilantes de sete dos oito sindicatos que representam a categoria no Paraná decidiram, em assembleia realizada na noite de sexta-feira (1), suspender a greve. De acordo com o presidente da Federação dos Vigilantes do Paraná e do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba, João Soares, porém, os profissionais da capital, que correspondem a 60% do efetivo no Estado, permanecem de braços cruzados por tempo indeterminado.
"Os trabalhadores do interior aceitaram a proposta construída pela DRT (Delegacia Regional do Trabalho) ontem. O empresariado concordou, levamos para as assembleias, mas a capital não aprovou", disse.
Ele explicou que, com o acordo, os vigilantes receberão o adicional de periculosidade de 30%, principal reivindicação da greve, e mais 6,4% de reajuste, correspondente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Esse valor, no entanto, será pago em três parcelas - a primeira em fevereiro, a segunda em junho e a última em outubro.
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"Curitiba quer o INPC numa parcela só, um aumento real e mais o vale-alimentação de R$20 (o atual é de R$ 15,50). Aqui a greve continua e o sistema financeiro segue parado caso não surja outra proposta", afirmou Soares.
Segundo o sindicato, o Estado possui 26 mil vigilantes, sendo 12 mil em Curitiba e dois mil em Londrina. Soares estima que a adesão no primeiro dia de paralisação tenha sido de mais de 60%, com as 509 agências bancárias da capital fechadas. A greve atinge com mais intensidade os bancos devido a uma exigência legal, que prevê que as agências não abram sem os seguranças.