Representantes da montadora Volvo e do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba se reúnem nesta segunda-feira para discutir a redação final do acordo coletivo de trabalho aprovado pelos seus 2,3 mil trabalhadores em assembléia na quinta-feira passada.
A votação e aprovação dos 7,44% de reajuste em novembro mais R$ 1 mil de abono - proposta do Sinfavea, entidade patronal das montadoras no Brasil - ocorreu após a empresa ter concordado em assinar um acordo coletivo de trabalho em separado do sindicato patronal. A mesma proposta já havia sido rejeitada pelos nove mil metalúrgicos das montadoras Renault, Nissan e Volks-Audi, que deflagraram greve por tempo indeterminado.
A Volvo fabrica em média 55 caminhões por dia e sete ônibus. Cerca de 60% da produção é vendida ao mercado interno e o restante é exportado para América, Europa e África.
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A média salarial da Volvo é o dobro da praticada nas montadoras Volks-Audi, Renault e Nissan e está no mesmo nível das montadoras em São Paulo.
As greves iniciadas nas montadoras Volks-Audi, Renault e Nissan devem continuar, pois não houve nenhuma nova proposta do Sinfavea. Os metalúrgicos querem 8,5% de aumento salarial para serem aplicados já em setembro, com R$ 800,00 de abono em 5 de outubro; ou os mesmos 8,5% para janeiro de 2008, só que com R$ 2 mil de abono para 5 de outubro.
A greve está trazendo prejuízos às montadoras. Só a Volks deixou de produzir cerca de 1.660 veículos nesses dois dias. Na Renault deixaram de ser fabricados 1.400 automóveis, e na Nissan, outros 180 carros.
Folha de Londrina