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Por parte de francesa

Votorantim pode trocar fábricas no Brasil

Agência Estado
03 fev 2010 às 08:53

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A Votorantim está perto de fechar um acordo com o grupo francês Lafarge para entrar no capital da cimenteira portuguesa Cimpor. Pelo acordo, a Votorantim ficaria com a participação de 17,3% dos franceses na Cimpor e daria, em troca, quatro fábricas no Brasil.

Com isso, a Lafarge, que já tem seis fábricas no País, aumentaria sua participação no mercado interno, enquanto a Votorantim ganharia uma fatia importante em uma das dez maiores produtoras mundiais de cimento.

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A fatia da Lafarge, no entanto, também é cobiçada pela Camargo Corrêa. A empresa havia proposto, em janeiro, a fusão de suas operações de cimento com a Cimpor, comprometendo-se a ficar, no fim do processo, com menos de 50% da empresa que seria criada.

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A Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) portuguesa, no entanto, exigiu que a Camargo fizesse uma oferta pública de aquisição de ações (OPA), para concorrer com a oferta da CSN, que havia sido anunciada em dezembro. Com isso, a Camargo acabou retirando sua proposta inicial. Mas deixou claro que mantinha o interesse no grupo português.


A oferta da CSN, de 5,75 euros por ação da Cimpor (o equivalente, no total, a cerca de 3,7 bilhões de euros), foi recusada, inicialmente, pelo conselho de administração do grupo português. Mas o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, não desistiu: negocia diretamente, em Portugal, com os acionistas da empresa, tentando convencê-los de que a proposta é justa. A CSN tem prazo até 17 de fevereiro para fechar ou não acordo com os acionistas.

No Brasil, a Secretaria de Defesa Econômica (SDE), do Ministério da Justiça, desconfia que o interesse tanto da Camargo quanto da Votorantim na Cimpor sejam muito mais defensivos do que real. Se comprar a cimenteira portuguesa, a CSN, que inaugurou recentemente uma fábrica de cimento no Brasil - mas que ainda tem uma participação muito pequena no mercado -, se tornaria um concorrente muito forte, já que a Cimpor é a quarta maior no País. A SDE pediu às empresas informações sobre as negociações em Portugal, por suspeitar ?que as companhias estejam atuando para impedir a entrada de concorrentes no mercado?. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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