Um cenário de preços baixos é o que podem esperar os produtores de soja para a safra 2005/2006, segundo previsão da economista Gilda Bozza Borges, do Departamento Técnico-Econômico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep). As previsões de preços foram revisadas para baixo: entre US$ 11,02 a US$ 12,78 a saca de 60 kg.
Com mais de 60% da área colhida, os Estados Unidos produzirão 80,7 milhões de toneladas para consumo previsto de 50,4 milhões de toneladas (t). Na revisão da projeção mundial, a estimativa subiu de 216,72 milhões para 220,87 milhões de toneladas. O consumo mundial é estimado em 215,84 milhões de toneladas.
Brasil e a Argentina detêm 71% do estoque previsto para 2005/06 (33,6 milhões de toneladas) e não têm preço, assinala a economista da Faep. Internamente, a soja brasileira está numa ''situação crítica''. Entre os motivos ela cita o aumento da oferta mundial a recomposição dos estoques internacionais, a queda da produção e da produtividade por duas safras consecutivas nas regiões produtoras (seca); taxa de câmbio desfavorável e a redução de financiamentos de custeio.
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O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estima para o Brasil uma produção de 60 milhões de t e consumo de 34,2 milhões de t. Já a previsão de exportação é de 22,88 milhões de t. No frigir dos grãos, estoques finais de 17,5 milhões de t.
''Os sojicultores precisam se conscientizar de que dificilmente a cotação será superior a R$ 28,60. É a realidade de mercado da qual ninguém escapa'', frisa a economista Gilda Borges.