A Comissão de Financiamento Externo (Cofiex) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão acaba de dar sinal verde ao governo federal para captação de recuros externos a serem aplicados em obras de infra-estrutura em municípios turísticos do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Esta era mais uma etapa aguardada pelos estados, que esperam a liberação de US$ 400 milhões para o setor de turismo. Só para o Paraná, estão previstos US$ 120 milhões.
"Este é um grande passo. Com o aval da Comissão dizendo que os estados têm condições de assumir estes financiamentos, passamos agora para outra fase, que é a análise e aprovação dos projetos que iremos apresentar", diz o secretário da Indústria, Comércio e Turismo, Eduardo Sciarra.
O Paraná pretende dar ênfase a obras nos eixos da Costa Oeste, dos Campos Gerais, no Litoral e Serra do Mar. Apesar de preferir aguardar a aprovação do BID para divulgar seus projetos, Sciarra adiantou que algumas prioridades são obras de saneamento básico, com implantação de sistemas de água e esgoto Ilha do Mel e obras viárias na região de Foz do Iguaçu.
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Os recursos fazem parte do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Sul do Brasil (Prodetur-Sul), criado em 1999 pelo então ministro do Esporte e Turismo, Rafael Greca de Macedo. Em maio deste ano, um Termo de Compromisso assinado entre governo federal, governadores dos quatro estados e Banco do Brasil deu início ao processo de empréstimo. Dos US$ 400 milhões, 50% serão captados através do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com a contrapartida de 10% do governo federal e 40% dos governos estaduais.
O Prodetur prevê a captação de recursos exclusivamente para uso em construção e melhoria de infra-estrutura nos estados. No Paraná, inicialmente estão previstos investimentos em saneamento básico, melhorias de rodovias, aeroportos e outros terminais que possam criar novos eixos de atração de visitantes.
Com o turismo concentrado em Foz do Iguaçu e Curitiba, que recebem cada uma cerca de 1,1 milhão de visitantes por ano, a idéia é estimular novos investimentos privados em empreendimentos turísticos.