O Paraná mantém sua posição de destaque entre os estados brasileiros que mais exportam. Segundo dados cedidos pelo Comex Stat, site que divulga dados do comércio exterior, o estado exportou, de janeiro a agosto de 2022, R$ 76,9 bilhões, sendo o quinto em vendas para outros países, atrás somente de São Paulo (R$ 232,3 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 141,6 bilhões), Minas Gerais (R$ 140,6 bilhões) e Mato Grosso (R$ 119 bilhões).
No entanto, ao analisar as importações, percebe-se que a balança comercial está quase zerada, com apenas R$ 580,4 milhões superavitários. O Paraná "comprou" do exterior, nos oito primeiros meses do ano, o equivalente a R$ 76,4 bilhões, fazendo com que o seu destaque nacional de exportações fosse praticamente zerado, perante o elevado número de importados.
O Paraná foi um dos que mais consumiu produtos vindos do exterior, ficando em quarto lugar no ranking geral brasileiro. Entre os elementos mais requisitados estão os adubos ou fertilizantes químicos (19%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais (9,9%); inseticidas, rodenticidas, fungicidas e semelhantes (6,8%); e partes ou acessórios de veículos automotores (5,4%).
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Já entre os mais exportados, estão a soja (17%); as carnes de aves (16%); os farelos de soja (8,2%); e as gorduras e óleos vegetais (4,6%). Em 2021, o Paraná conseguiu manter a sua balança comercial com saldo positivo, encerrando os 12 meses do ano com superávit de R$ 10,6 bilhões.
Confira os dados completos no site oficial da Comex Stat. As converções foram feitas nesta quarta-feira (21), com US$ 1 a R$ 5,17.
Análise
De acordo com o economista e colunista da Folha de Londrina, Marcos
Rambalducci, embora as commodities - um dos pilares da exportação do
estado - sejam vistas com alguma restrição por embarcarem pouca
tecnologia, o caso do Paraná é diferente, pois agrega muita tecnologia
aos produtos. "Nossa produção é altamente tecnificada e agregadora de
valor na medida que conseguimos produzir com competência maior que os
demais estados, o que reduz nossos custos de produção."
Segundo
ele, a balança comercial da maneira como está hoje não representa um
ponto negativo. " O melhor dos mundos é uma balança comercial
equilibrada. Não é interessante ter grandes saldos na balança, pois
significa que deixamos de ofertar produtos no mercado interno. E não
interessa ter saldos negativos, pois implica em endividamento externo",
analisa.
*Sob supervisão de Fernanda Circhia