Duas áreas para exploração de areia e argila serão privatizadas pelo governo do Estado até o final do ano. As áreas foram identificadas e estudadas por pesquisadores da Mineropar, empresa ligada à Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Turismo.
A jazida de argila, localizada em São Mateus do Sul (91 km à nordeste de União da Vitória), tem 6,5 milhões de metros cúbicos. A área de areia, que fica em Teixeira Soares (50 km ao sul de Ponta Grossa), tem camadas de dez metros de espessura com boa visibilidade de exploração comercial.
A Mineropar deve publicar os editais de licitação ainda no mês de julho. A abertura das propostas de exploração está prevista para 5 de outubro, no caso da área de argila em São Mateus do Sul, e para 8 de outubro, para a de areia em Teixeira Soares. O valor mínimo de cada lote é de R$ 45 mil.
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Essa é a terceira vez que o governo privatiza áreas de exploração mineral. A primeira foi em 1999, quando a Cimento Rio Branco, do grupo Votorantin, comprou reservas de calcário em Cerro Azul, no Vale da Ribeira, por R$ 600 mil. De acordo com o presidente da Mineropar, Omar Akel, a venda rendeu um ágio de 130% com relação ao preço mínimo.
Segundo Akel, o dinheiro recebido com as licitações está sendo utilizado para custear novas pesquisas. "Antes gastávamos com a pesquisa e tínhamos que devolver as áreas para a União, que então as destinava para outros interessados na exploração. Agora podemos ter um retorno financeiro do investimento", explica. O solo, por determinação constitucional, é de propriedade do Governo Federal. O Departamento Nacional de Produção Mineral destina as áreas para empresas que fazem a pesquisa do potencial.
Novas áreas devem ser licitadas num prazo maior. De acordo com Akel, há estudos da exploração de ouro nos municípios de Castro (41 km ao norte de Ponta Grossa) e Morretes (Litoral do Estado). Em Castro, foi detectada uma reserva de 1,2 tonelada. Já em Morretes, a medida é de 334 quilos. A exploração de ouro nesses municípios ainda depende do cumprimento de uma série de normas ambientais. O trabalho de pesquisa de riquezas minerais será feito em mais 19 municípios paranaenses. As regiões pesquisadas que obtiverem resultados mais positivos serão licitadas em processo de concorrência pública.