Para a esquerda européia, o Brasil conquistou a condição de "líder das nações pobres do mundo" e agora tem o desafio de equilibrar seus próprios interesses políticos com essa posição, afirmou Vittorio Agnoletto, italiano que é deputado no Parlamento Europeu representando o grupo Esquerda Européia Unida (European United Left).
"Essa liderança está no imaginário europeu hoje. Não que seja fácil, mas acho que é possível o Brasil fazer a mediação entre interesses nacionais e a liderança mundial. Eu peço ao Brasil que defenda o interesse de todos os países pobres".
Agnoletto também integra o comitê internacional do Fórum Social Mundial e está no Brasil para participar do 4º Fórum Social Pan-Amazônico, que termina neste domingo em Manaus, e do 5º FSM, em Porto Alegre. O parlamentar participou da conferência "Industrialização, Zonas Francas e Agronegócios: Desenvolvimento ou Dependência".
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Médico, Agnoletto conta que se integra à coalizão de mais de 1.000 movimentos sociais na Itália, representando a Liga Italiana pela Luta contra a Aids.
Ele também atuou como porta-voz em manifestações promovidas por movimentos sociais em Gênova, em julho de 2001, durante reunião do grupo dos países ricos, o G-8. Os protestos resultaram na morte pela polícia de um jovem ativista, Carlo Giuliani.