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Economia local

Pesquisa aponta empobrecimento da população de Londrina nos últimos 10 anos

Reinaldo Zanardi/Agência UEL de Notícias
14 jul 2020 às 11:06

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- Sergio Ranalli/Grupo Folha
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Enquanto a população de Londrina cresceu 16,20% entre 2010 e 2019, o número de famílias em situação de vulnerabilidade social aumentou 65,08%. Em 2010, Londrina tinha 485.822 habitantes, contra 569.733 em 2019. Já conforme o Cadastro Único, Londrina tinha em 2010 31.182 famílias em situação de vulnerabilidade social e 52.055, em 2019. Os dados constam do Caderno de Indicadores da Prefeitura Municipal de Londrina.

O cruzamento e a análise dos dados sobre a população de Londrina e o número de famílias cadastradas no sistema nacional integram os trabalhos do projeto de pesquisa Desigualdade Social Londrina, do Departamento de Serviço Social da UEL (Universidade Estadual de Londrina). O projeto é coordenado pela professora Ana Patrícia Nalesso e tem a participação de estudantes, professores e colaboradores externos.

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A professora lembra que cada família brasileira tem, em média, 3,2 membros, de acordo com o IBGE (2010) e são inscritas no Cadastro Único famílias com renda de até três salários mínimos. "A diferença entre os dois indicadores aponta para um ciclo de empobrecimento da população de Londrina", afirma a professora. Segundo ela, essa conclusão leva em conta que nos dois anos de referência (2010 e 2019), o município já contava com políticas sociais estruturadas e efetivas.

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Pandemia


Ela destaca que a importância de se estudar o processo de empobrecimento é ainda maior quando se considera a pandemia de COVID-19, que agrava a vulnerabilidade social e econômica dos municípios brasileiros. "A pandemia acentua um quadro de aumento de vulnerabilidade que vem de antes", observa a pesquisadora.

A professora chama a atenção também para o crescimento recente de famílias inscritas no Cadastro Único em 2018 e 2019, de 45.746 para 52.055 famílias (12,11%). "Esses números nos dizem que antes da pandemia um terço da população, aproximadamente, vivia abaixo da linha da pobreza. Quantos estão nessa situação hoje?", questiona a professora.


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