O secretário de Segurança, José Tavares, afirmou que os policiais presos por suspeita de atear fogo à Promotoria de Ivestigação Criminal deverão ser expulsos da Corporação em breve. Para Tavares, a participação de policiais no atentado à PIC, evidencia a chamada "banda podre" da polícia, que deve ser combatida. "Num universo de 20 mil policiais militares e 4 mil civis, infelizmente há um número pequeno de pessoas que acabam se envolvendo em crimes", disse.
Tavares afirmou não ter dúvidas de que o atentado tinha o objetivo de destruir provas de pessoas investigadas por crime organizado. "Se os autores pensaram que iriam conseguir isso, caíram do cavalo", declarou.
A identificação dos criminosos só foi possível por causa da minuciosa perícia feita no prédio da PIC. "Eles cometeram uma série de erros e deixaram vários rastros", contou o secretário.
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Entre os objetos deixados no local, estavam luvas e galões de suco de fruta. Os galões, provenientes de um restaurante em Santa Felicidade, de propriedade de parentes do tenente Alberto Silva Santos, foram utilizados para levar a gasolina.
Os depoimentos do vigia José Zetti, através de hipnose, e dos vizinhos também foram importantes para descobrir os autores. O vigia deve se submeter a uma terceira sessão de hipnose nesta semana.
Segundo o secretário José Tavares, os dois policiais civis já estão respondendo a processos administrativos, em investigações principalmente decorrentes da CPI do Narcotráfico. O sargento e o tenente, que são lotados no 13º Batalhão da Polícia Militar, vão ser submetidos a conselhos displinares e responderão a processos. "Todos serão afastados. Nenhum ficará na Polícia", assegurou o secretário.
Nenhum dos acusados admitiu a autoria do crime. "Esse é um direito deles, mas há indícios suficientes que não dão margem a dúvidas", afirmou Tavares.
De acordo com os mandados de prisão expedidos pelo juiz da Central de Inquérito, os quatro devem ficar presos por cinco dias, renováveis por mais cinco. Durante esse tempo, a polícia vai fazer acareações e juntar mais provas para indiciar os autores do atentado. O inquérito tem prazo ainda de 15 dias para ser concluído.
Leia mais em reportagem de Ellen Taborda, na Folha do Paraná deste domingo