Para os dirigentes das duas principais centrais sindicais do país, o Plano Real trouxe mais perdas do que ganhos para os trabalhadores. "O Plano Real em si acabou faz tempo, no primeiro mandato do governo Fernando Henrique. Depois restou somente a moeda, e a moeda com uma face perversa", disse à Agência Brasil o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho.
Para o presidente da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), "a idéia de crescimento econômico e geração de emprego e renda que os trabalhadores tinham no início do plano não se concretizou".
Os trabalhadores, segundo o presidente da CUT, tiveram alguns ganhos e grandes perdas com o Real. Ente os pontos positivos, ele destacou o controle da inflação e a estabilidade da moeda. "Mas a outra face dessa moeda é especialmente muito dura, muito amarga para os trabalhadores, porque ela trouxe queda na renda, desemprego, redução drástica da renda familiar, da massa salarial. De forma que nós temos a lamentar os dez anos de Plano Real", observa o sindicalista.
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