A supervisora técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Lilian Arruda Marques, diz que o preço da cesta básica vai parar de subir nos níveis atingidos nos dois últimos meses de 2002, época em que o dólar bateu recordes de cotação em relação ao Real. Segundo ela, o preço dos 13 itens que compõem a cesta poderá até cair.
Lilian Arruda explicou que o Dieese registrou em 2002 um aumento de mais de 7% na cesta do Distrito Federal em novembro devido à alta em produtos como farinha de trigo e soja, que têm preços cotados em dólar. Em dezembro, o aumento foi de 2,18% em relação ao mês anterior.
Agora, com a boa aceitação do mercado aos nomes indicados pelo novo governo para a área econômica e a tendência de queda do valor da moeda norte-americana, o preço da cesta básica deve se estabilizar e até cair nos próximos meses.
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"O consumidor só verá a diferença em alguns meses, até que a queda do dólar se reflita na cesta básica. Os empresários precisam se desfazer dos produtos estocados e fechar novos contratos com a cotação mais baixa", diz Lilian.
Ela afirma que o consumidor tem papel importante na estabilização e redução de preços. "É preciso pesquisar em vários locais, mesmo que seja preciso ir um pouco mais longe para conseguir um produto mais barato", diz.
Lilian aconselha ainda a troca por marcas mais baratas ou até a substituição de por produtos de características semelhantes e menor preço. A carne bovina, que está cerca de 1,47% mais cara em janeiro, deve ser substituída por frango ou porco.