Os combustíveis deram trégua ao bolso das famílias em julho. Passada a pressão da greve dos caminhoneiros, os preços recuaram 1,8% em julho, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O grupo dos Transportes saiu de uma elevação de 1,58% em junho para um avanço de 0,49% em julho. A gasolina passou de uma alta de 5,00% para recuo de 1,01% no período, enquanto o etanol saiu de elevação de 4,22% em junho para queda de 5,48% em julho.
Segundo o gerente na Coordenação de Índices de Preços do IBGE, Fernando Gonçalves, os combustíveis devolveram em julho a alta exacerbada registrada no mês anterior por conta da paralisação dos caminhoneiros, que prejudicou o abastecimento em todo o País.
Leia mais:
Prazo para adesão ao Profis 2024 entra na reta final; contribuintes podem obter descontos de até 70%
Hora trabalhada de pessoa branca vale 67,7% mais que a de negros
Londrina e Maringá se unem para fortalecer Tecnologia da Informação e Comunicação
Mercado de trabalho em 2025: saiba o que será exigido de empresas e profissionais
Por outro lado, o ônibus urbano subiu 1,46% em julho, refletindo os reajustes nas tarifas do Rio de Janeiro e de Rio Branco (6,57%). O ônibus intermunicipal aumentou 0,38%, enquanto o ônibus interestadual teve elevação de 8,70%.
As passagens aéreas ficaram 44,51% mais caras em julho, após a queda de 2,05% de junho.
"O grupo Transporte teve influência da passagem aérea, mas os combustíveis ajudaram a conter essa alta, com deflação este mês", lembrou Gonçalves.
Impacto em monitorados
A queda no preço dos combustíveis em julho desacelerou a inflação de bens e serviços monitorados para 0,90% no mês, após uma alta de 2,49% registrada em junho. A taxa acumulada em 12 meses pelos monitorados arrefeceu de 11,77% em junho para 11,35% em julho.
Serviços
Já a inflação de serviços fez o movimento contrário. Diante do avanço de 44,51% nos preços das passagens aéreas, a inflação de serviços avançou para 0,68% em julho, após a alta de apenas 0,26% em junho.
A taxa em 12 meses teve elevação de 3,14% em junho para 3,50% em julho, interrompendo a trajetória de arrefecimento iniciada em outubro de 2017, quando estava em 4,88%.