A produção industrial de julho teve a maior queda desde janeiro de 2003- 2,5%. Na comparação com julho de 2004, o índice mostrou expansão de 0,5%. O crescimento acumulado de janeiro a julho atingiu 4,3%, abaixo dos 5,0% verificados para o primeiro semestre do ano. O acumulado nos últimos doze meses mantém a trajetória de desaceleração, passando de 6,7% em junho para 5,8% em julho.
O crescimento de meio por cento em relação ao mesmo período do ano passado deve-se ao setor extrativo (10,9%) uma vez que a indústria de transformação teve crescimento nulo e atingiu a menor marca desde setembro de 2003.
A queda da produção em julho já era esperada pelo mercado. O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão ligado ao Ministério do Planejamento previa um recuo de 0,5% a 1% da produção, a queda, no entanto, foi superior às expectativas.
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O indicador é avaliado como o primeiro a dar sinais do menor fôlego da economia no terceiro trimestre, que deve ser marcado pela concentração dos efeitos da crise política, na visão do instituto.
Segundo o IBGE, o recuo observado em julho foi generalizado e atingiu 20 das 23 atividades pesquisadas com ajustado sazonal. As retrações mais significativas foram registradas em veículos automotores (-4,6%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (-10,7%) e máquinas e equipamentos (-5,7%). As indústrias de veículos e de materiais eletrônicos estavam entre as de maior expansão nos meses anteriores.
Em relação a junho, os únicos setores que mostraram crescimento foram refino de petróleo e produção de álcool (2,6%), farmacêutica (4,2%) e celulose e papel (1,7%).
Fonte: Folha Online e IBGE